AMA vigiada durante 14 meses em ciberataque mundial
A entrada dos 'hackers' no sistema do organismo que coordena mundialmente o combate ao doping, com sede no Canadá, deu-se em Agosto de 2009 revela a investigação levada a cabo pela McAfee. A AMA confirma que já entrou em contacto com a empresa de segurança informática e está a investigar as alegadas intrusões no seu sistema.
Em comunicado, a agência confirma que detectou uma violação da segurança dos seus servidores de correio electrónico em Fevereiro de 2008 e que apresentou queixa à polícia do Quebeque e ao FBI (Federal Bureau of Investigation, dos EUA). A AMA garante que nessa altura nenhuma informação ficou comprometida e que a protecção do sistema foi melhorada posteriormente.
Actualmente, a agência "tem um sistema de segurança altamente sofisticado, implementado e gerido pela IBM" e, até agora, não foram encontradas provas de mais intrusões. A AMA salienta ainda, em comunicado, que o sistema ADAMS (sistema de administração e gestão de antidoping, que contém muitos dados de pessoais de atletas) está num servidor diferente do usado para os 'e-mails', protegido por alta segurança, que nunca foi comprometida.
David Skillicorn, da Universidade de Queens, Toronto, explica que o cepticismo da agência se deve ao facto de a esmagadora maioria das vítimas de piratas informáticos desconhecerem e não terem indícios de que foram atacadas. Este perito em segurança informática considera que, analisando a lista de vítimas e as datas em que se registaram as intrusões (o Comité Olímpico Internacional e outros comités olímpicos nacionais foram visados antes dos Jogos de Pequim 2008), tudo aponta para a China como a origem dos ataques.