Alinghi vence Extreme Sailing Series, Oman Air morre na praia
Em Sydney, a tripulação suiça, liderada por Arnaud Psarofaghis - e que tem um português, João Cabeçadas, como chefe da equipa de terra - confirmou a superioridade indiscutível que começou a revelar na segunda metade do campeonato. Venceu o circuito australiano, destronando o Oman Air, que tinha chegado a Sydney com dois escassos pontos de vantagem.
O Oman Air, liderado pelo californiano Morgan Larson, dominou a primeira metade do campeonato, com três vitórias e um segundo lugar em quatro circuitos. A partir de S. Petersburgo, quinto circuito do campeonato, o vento rondou definitivamente a favor dos suiços, que venceram tudo daí em diante.
A equipa de Larson precisava de ficar à frente da de Psarofaghis para vencer o campeonato. E não só não o conseguiu como ficou duas posições atrás, em terceiro lugar, a seguir ao SAP Extreme (onde está o português Renato Conde), que fez na Austrália um circuito de trás para a frente (recuperou duas posições do terceiro para o quarto e último dia do circuito, sendo que no final do segundo dia estava em sexto).
Com oito barcos a concorrer - dois dos quais wild cards - e ventos geralmente fortes, o Alinghi liderou em Sydney do princípio ao fim mas houve trocas nas posições a seguir. No final do primeiro dia, o Oman Air estava em 2º, o Red Bull em 3º e o SAP Extreme em 4º; no final do segundo dia, as três primeiras posições mantinham-se inalteradas mas o SAP desceu de 4º para 6º e o Land Rover BAR subiu de 6º para 4º; no final do terceiro dia, com 17 regatas decorridas -, o Red Bull subiu para 2º e o Oman Air desceu para 3º, com o SAP outra vez em 4ª; no quarto e último dia, o SAP Extreme encheu-se de brios, ganhou três regatas e ficou em segundo em outras quatro, e subiu até à segunda posição, ultrapassando o Red Bull (que desceu de segundo para quarto) e o Oman Air (que manteve a 3ª posição).
2017 foi o ano que viu juntar-se pela primeira vez ao campeonato uma equipa portuguesa, a "Visit Madeira", liderada pelo antigo velejador olímpico português Diogo Cayolla. A equipa chegou à Austrália em sexto na classificação geral do campeonato e foi nesta posição que o terminou. Na classificação do circuito de Sydney chegou a estar em quinto (no final do terceiro dia, sábado) mas domingo desceu duas posições, para 7º lugar. Os portugueses conseguiram, apesar disso, vencer duas das 25 regatas da prova - e quatro no computo geral do campeonato. Nos circuitos de Qingdao (China) e do Funchal conseguiram ficar em quinto lugar; nos restantes em sexto e no primeiro, no sultanato do Omã, em oitavo.
Portugal foi este ano o único país que teve direito a dois circuitos da Extreme Sailing Series, um no Funchal (setembro) e outro em Lisboa (outubro). Em 2018, o campeonato garantidamente voltará a passar pela Madeira (final de junho); por Lisboa é uma hipótese, embora longe de estar confirmada.
Este ano, o campeonato adotou pela primeira vez os catamarãs voadores G32, dotados de "foils" (patilhões que fazem o barco levantar-se acima da água e "voar"). O recorde de velocidade da época ficou por conta do Alinghi, no circuito de Lisboa, com 35,4 nós (65,5 km/hora).
O mapa do campeonato de 2017 já está quase que completamente definido (falta escolher um circuito na Europa). Sydney deixará de constar, bem como S. Petersburgo (Rússia). Em troca, entram S. Diego (EUA) e Los Cabos (México). Mantém-se, além do Funchal, Muscate (Omã), Qingdao (China), Hamburgo (Alemanha) e Cardiff (País de Gales)
Classificação do campeonato
Alinghi - 101 pts
Oman Air - 99
Red Bull - 91
SAP Extreme - 83
Land Rover BAR - 70
Visit Madeira - 63
China One - 29 (*)
Team Turx - 11 (**)
(*) - Só fez quatro dos oito circuitos
(**) - Só fez dois dos oito circuitos
Classificação circuito Sydney
Alinghi - 238 pts.
SAP Extreme - 226
Oman Air - 215
Red Bull - 215
Land Rover BAR - 193
RNZYS Lautrec Racing - 178
Visit Madeira - 177
Team Australia - 132