Alerta à bomba no voo da Air France Rio-Paris
A ameaça de uma bomba a bordo do voo AF 443 Rio de Janeiro-Paris levou à alteração imediata da rota e à aterragem de emergência, na noite de sábado para ontem, no aeroporto do Recife. O Boeing 747 da Air France, que levava a bordo 423 pessoas - 405 passageiros e 18 tripulantes - , após ser sujeito a inspecção - que revelou ser falso o alerta à bomba - deveria retomar a viagem para Paris ao início da noite de ontem.
Um pouco mais de um ano após a tragédia com o voo do A330 da Air France que desapareceu ao largo do Recife, em pleno Atlântico, com 228 pessoas a bordo, a companhia aérea francesa viveu outro susto quando, na noite de sábado para ontem, foi informada da existência de uma bomba a bordo do voo que fazia a ligação entre o Rio de Janeiro e Paris.
O alerta à bomba partiu do centro de operações do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, de onde a aeronave levantara às 16.20 locais, com 423 pessoas a bordo, encontrando-se já a voar em velocidade de cruzeiro.
Em comunicado emitido horas após o ocorrido, a Air France deu conta de que o piloto foi informado da ameaça via rádio e que "de acordo com os procedimentos previstos [para tais situações]", o comandante a bordo do Boeing 747 "decidiu aterrar no Recife" para que o avião fosse passado a pente fino pelas autoridades competentes. O avião e a bagagem dos passageiros.
O aeroporto internacional de Gurapes, no Recife, foi encerrado durante meia hora, o tempo suficiente para a aeronave aterrar e estacionar numa área isolada. Ali, a polícia federal inspeccionou toda a aeronave, começando pela cabina, e as bagagens - tanto as de porão como as de cabina - sem, no entanto, encontrar qualquer objecto estranho. Concluindo-se, portanto, que se tratou de um falso alarme.
"Neste momento, esperamos os procedimentos de segurança. Vamos passar pelo raio X para poder embarcar hoje", afirmou uma passageira, ao fim da tarde de ontem, no Recife, à cadeia de televisão brasileira GloboNews.