Admitindo que a Grécia não conseguirá regressar ao mercado de capitais em 2012 e que o país precisa de mais ajuda para não provocar uma "falência desordenada da zona euro", o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, enviou uma carta fechada aos seus congéneres dos outros estados membros e ao presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, argumentando que, mesmo sem se saber ainda qual o valor do novo plano de resgate, é previsível que seja "substancial". Por isso, "deve implicar uma divisão justa da carga entre os contribuintes e os investidores privados"..O que Schauble propõe pode ser considerado pelas agências de notação financeira como uma falha do pagamento da dívida, escreve o El País, o que o BCE quer evitar. O ministro alemão defende que o vencimento das dívidas gregas deve ser adiado por sete anos, para dar tempo ao país para reformar a sua economia. Para este responsável, qualquer acordo de resgate a ser aprovado a 20 de Junho "tem de incluir um mandato claro para iniciar o processo de envolver os detentores dos títulos gregos"..A Comissão Europeia e o BCE admitem apenas uma extensão voluntária da dívida, para evitar a primeira falência de um estado pertencente à zona euro. Esta semana, a agência Ficth considerou que impor de forma coerciva, aos credores, condições piores que as dos títulos em vigor será considerado uma falha no pagamento.