Alemães sobredotados não pagam propinas
Os estudantes sobredotados são dispensados de pagar propinas nas universidades alemãs de Friburgo e de Constança. Mas existe uma condição: ter 130, ou mais, de QI (Quociente de Inteligência) e prová-lo.
Os primeiros testes foram organizados nas duas universidades em Abril para o último semestre. Em Friburgo, por 50 euros, são avaliadas as faculdades linguísticas e de lógica dos candidatos com a caução da Associação Internacional Mensa, um clube muito selecto, reservado àqueles que são capazes de resolver exercícios que estão para além do alcance de 98% das pessoas. Assim, apenas um pouco mais de 2% da população possuiria um QI superior a 130.
Para Benjamin Greschbach, presidente da associação de estudantes, trata-se de uma batalha de Friburgo para conseguir "os melhores cérebros" e "fazer parte das universidades mais cotadas". Em sua opinião, a dispensa das propinas deveria ser feita com base em critérios sociais.
Michael Hartmann, professor de sociologia da Universidade de Dar-mstadt e autor de vários livros sobre a reprodução das elites, é também um crítico de Friburgo e Constança. Para ele, os testes de QI reforçam a vantagem de uma pequena minoria, já de si privilegiada. |