Albânia recusa centros de acolhimento para refugiados e migrantes

Comissão Europeia pondera a criação de "portos de desembarque" nos países do norte de África
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O primeiro-ministro albanês, Edi Rama, recusou esta quarta-feira a ideia de converter o seu país num porto de escala para estabelecer centros de acolhimento para os refugiados e migrantes que tentam chegar à União Europeia (UE).

Numa entrevista ao diário alemão Bild, Rama rejeitou a ideia de "deixar por aí pessoas desesperadas, como se fossem tóxicos que ninguém quer".

O primeiro-ministro salienta que o seu país "está pronto" para contribuir de forma justa para a União Europeia, mas não pode arrecadar com "os problemas de todos os outros".

Os líderes da UE reuniram-se na semana passada em Bruxelas, para discutir sobre a política migratória antes da cimeira do Conselho Europeu, que começa dia 28 de junho.

Países como a Áustria, a Polónia e a Hungria recusaram a aplicação do sistema de quotas aos refugiados e pensam criar centros de acolhimento fora da União Europeia.

A Comissão Europeia considera criar "portos de desembarque" nos países do norte de África; já o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, e Peter Launsky-Tieffenthal, porta-voz do governo austríaco, comentaram a possibilidade de transferir para a Albânia os refugiados que tentam chegar às costas europeias.

Romana Vlahutin, embaixadora da UE na Albânia, desmentiu os rumores de que a União Europeia iria acelerar as suas negociações de adesão.

"A única condição (para a aberturas das negociações) é o cumprimento das reformas", afirmou a embaixadora.

No dia 3 de junho os estados-membros da União Europeia estabeleceram o início das negociações de adesão com a Albânia e a Antiga República Jugoslava da Macedónia (FYROM), sempre que progridam na implementação de certas reformas no poder judicial, na administração pública, no crime organizado, entre outras.

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