Al Qaeda pode vir a desenvolver atividade em Portugal

A Al Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) é o grupo terrorista que pode vir a desenvolver atividade em Portugal, sendo uma ameaça que deve merecer "uma maior esforço operacional" nos próximos anos, indica o Relatório de Segurança Interna de 2011.
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"De entre os grupos terroristas que poderão visar o desenvolvimento de atividades em território nacional salienta-se a AQMI, que tem vindo a dar sinais de aumento da sua capacidade operacional e de influência crescente nas regiões do Magreb e do Sahel", lê-se no Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2011, hoje divulgado.

Segundo o documento, esta ameaça, embora seja há muito alvo de atenção dos Serviços de Informações, deverá "merecer um maior esforço operacional no decurso dos próximos anos, dada a proximidade geográfica ao Norte de África e a facilidade de movimentação de extremistas através das fronteiras externas da União Europeia".

O RASI refere também que apesar organização separatista basca ETA ter anunciado a "cessação definitiva da sua atividade armada", tal não "afasta o risco de reutilização do território nacional como base de recuo ou de fuga de operacionais ou como local de retaguarda para a sua eventual reorganização operacional".

O relatório adianta que em 2011 constatou-se a ocorrência de um quadro de "crescente complexidade das atividades de espionagem", num contexto em que, visando tirar partido do atual momento de crise económica, países que aspiram a tornar-se potências emergentes procuraram promover o seu posicionamento, em termos globais, face aos polos de poder existentes".

O RASI diz igualmente que o ano de 2011 ficou marcado pela crescente preocupação com as ciberameaças, tendo sido muito sentida a necessidade de reforçar os dispositivos de segurança, designadamente através da aprovação de uma estratégia nacional de cibersegurança e de um centro nacional de cibersegurança.

No âmbito das ciberameaças, o ano passado ficou ainda marcado pela ação de hackers e, com menor impacto mediático "os 'trojans' orientados para as plataformas da banca online".

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