Agrupamento de escolas de Camarate reforçado com quatro auxiliares - Câmara de Loures
A escola Básica 2,3 Mário de Sá Carneiro, situada na vila de Camarate, concelho de Loures (distrito de Lisboa), foi palco este mês de dois "episódios graves de violência", situação que levou os encarregados de educação a realizar na passada segunda-feira uma vigília à porta do estabelecimento de ensino.
Esta manhã, em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU) assegurou que a autarquia tem estado em contacto com as forças de segurança e referiu que, a partir do dia 01 de dezembro, o agrupamento de escolas vai receber mais quatro auxiliares educativas.
O autarca explicou que as quatro auxiliares serão distribuídas pelas sete escolas do agrupamento, mediante as necessidades de cada estabelecimento de ensino.
Bernardino Soares admitiu que a autarquia está a ponderar pedir uma reunião ao ministro da Administração Interna (MAI), "dada a falta de meios existentes nas esquadras do concelho", mas, relativamente aos episódios ocorridos nesta escola, ressalvou que "foram pontuais".
"Foi um incidente grave, mas não é a realidade da escola. Estes episódios não fazem parte do dia a dia", apontou, criticando algum "aproveitamento político" que se tem feito sobre esta situação.
"A Câmara Municipal de Loures tem feito tudo o que tem ao seu dispor para ajudar, mas compete ao MAI assegurar os meios necessários para efetivar essa segurança", apontou.
Por outro lado, contactado pela Lusa, o presidente da associação de pais do agrupamento de escolas de Camarate, Ricardo Oliveira, referiu que "ainda vive um clima de muita insegurança" na escola e defendeu a necessidade de um reforço de meios policiais.
"Não temos nenhum polícia à porta da escola. Temos a escola segura que vai andando cá e lá, mas não houve nenhum reforço em concreto. Quando voltarem à escola [os alunos suspensos], não sei como vai ser e a qualquer momento pode existir uma represália", apontou.
Entretanto, Ricardo Oliveira adiantou que os pais têm agendado para segunda-feira uma reunião no Ministério da Educação.
Os episódios de violência na escola tiveram, segundo relataram alguns encarregados de educação, origem no desentendimento entre dois alunos, sendo um deles "de uma família problemática".
Os pais acrescentam que, após esse desentendimento, uma das crianças chamou familiares que, por duas vezes, se dirigiriam à escola, sendo que numa das ocasiões "invadiram o estabelecimento escolar" e noutra não o conseguiram fazer, mas agrediram o porteiro.
Os alunos envolvidos nestes desacatos foram suspensos da escola durante 10 dias.