Advogada detida por injúrias a polícias

Noite de Joana Matos Lima acabou na esquadra por desobediência a PSP
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Uma advogada, filha da jornalista da RTP Fátima Campos Ferreira, sobrinha de um deputado (Luís Campos Ferreira) e mulher do presidente da empresa pública Movijovem, foi detida pela PSP numa discoteca de Viseu por "desobediência e injúrias aos agentes da autoridade", segundo disse ao DN Almeida Campos, comandante da PSP de Viseu . Na origem do episódio esteve uma confusão com o cartão de pagamento.

Joana Matos Lima, advogada em Lisboa, deslocou-se na madrugada do último domingo à discoteca NB, em Viseu. Quando se preparava para sair, cerca das 06.00, alegou encontrar o cartão de consumo mas terá afirmado que já estava pago. A gerência do espaço alertou de imediato a PSP. De acordo com relatos ouvidos pelo DN, a causídica "identificou-se como filha da jornalista [Fátima Campos Ferreira] e até disse aos agentes que lhes tirava a farda".

Segundo apurou o DN de fonte policial "os seguranças alertaram a PSP para identificar a mulher". De acordo com este relato a advogada "identificou-se mas exigiu que fossem identificados os responsáveis da discoteca contra quem tencionava apresentar queixa". A PSP "entendeu não proceder dessa forma e a mulher injuriou os agentes". De acordo com estes relatos, a advogada terá questionado a PSP sobre se sabiam de quem "era filha e ameaçou-os dizendo que lhes tirava a farda". A patrulha da PSP não conseguiu acalmar a mulher e chamou reforços que acabaram por lhe dar voz de prisão.

O marido da advogada foi então chamado à esquadra. Trata-se de um conhecido dirigente do PS, João Paulo Rebelo, que "foi reconhecido por um agente que presta serviços ocasionais como segurança nos comícios do PS, o que mudou as circunstâncias", revelou a fonte. Pior a emenda que o soneto. "A mulher apercebeu-se que passava a ter um tratamento de favor e indignou-se", concluiu a fonte.

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