O presidente norte-americano, Donald Trump, estabeleceu como objetivo voltar a pôr um homem -- e a primeira mulher -- na Lua até 2024, como primeiro passo ter uma "presença sustentável" de humanos no satélite natural da Terra depois disso. Segundo a agência Reuters, estão já a ser preparados os acordos legais que permitirão também a mineração da Lua..A Lua pode ser um manancial de recursos raros, considerados vitais para o futuro do nosso planeta. Além de metais raros, tem o gás hélio-3 (que poderá ser eventualmente usado na fusão nuclear) e água, que pode ser convertida em combustível e permitir uma maior exploração espacial..De acordo com as fontes da agência de notícias, a ideia passa pela criação de "zonas de segurança" em redor das futuras bases de diferentes países ou empresas, para prevenir danos ou interferências. O acordo visa também a criação de uma base legal internacional para a exploração comercial dos recursos lunares, que permita às empresas poderem ser proprietárias dos recursos que minarem -- algo que já existe na legislação norte-americana desde 2015.."Isto não é uma reivindicação territorial", disse uma das fontes à Reuters, sob anonimato. As "zonas de segurança", cujo tamanho pode variar dependendo da operação -- vai permitir coordenar entre os diferentes atores espaciais sem reivindicação de território ou soberania.."A ideia é que se vais aproximar-se das operações de alguém, e eles declararam uma zona de segurança em redor, então precisas de os contactar antecipadamente e decidir como o podes fazer em segurança para todos", acrescentou..Os EUA são signatários do Tratado do Espaço Exterior, de 1967, segundo o qual os corpos celestes e a Lua "não estão sujeitos a apropriação nacional por reivindicação de soberania, através do uso ou ocupação, ou quaisquer outros meios"..Os acordos de Artemis (que vão buscar o nome ao novo programa da NASA de colocar humanos novamente na Lua) querem substituir um debate longo nas Nações Unidas, com os EUA a alegar que negociar com países que não têm qualquer presença espacial seria improdutivo..A Administração Trump irá apresentar os seus planos nas próximas semanas aos parceiros que considera terem um interesse semelhante ao dos EUA na Lua, como o Canadá, o Japão, os países europeus e os Emirados Árabes Unidos. Contudo, não há planos para contactar a Rússia (parceiro na Estação Espacial Internacional) ou a China (que acaba de testar um novo foguetão, com um protótipo de um vaivém espacial e uma nave de carga, sendo que esta se desintegrou no regresso à atmosfera)..A 27 de maio, a NASA tem previsto voltar a lançar uma missão tripulada a partir de solo norte-americano pela primeira vez em quase nove anos, depois de uma parceria com a Space X de Elon Musk. Desde 2011 e do fim do programa de vaivéns espaciais que a NASA depende dos russos para colocar astronautas na Estação Espacial Internacional.