Acordo para salvar empresa de Harvey Weinstein falhou

Grupo de investidores descobriu que empresa do produtor tinha mais dívidas
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Afinal não há acordo para salvar a empresa cofundada pelo produtor norte-americano Harvey Weinstein, afastado depois de um escândalo de abusos sexuais. O grupo de investidores que tinha decidido comprar a produtora recuou, depois de descobrir que o valor das dívidas era superior ao anunciado inicialmente.

Maria Contreras-Sweet, a mulher que liderava o grupo de investidores, afirmou que a decisão foi tomada depois de receber "informações dececionantes sobre a viabilidade de concluir a transação" e que ainda acredita na ideia de um estúdio liderado por mulheres.

"Vamos considerar a aquisição de ativos que podem ficar disponíveis em caso de falência, bem como outras oportunidades que possam surgir na indústra do entretenimento", disse Maria Contreras-Sweet, que fez parte da administração Obama.

Segundo fontes ligadas ao processo disseram à agência Reuteres, as dívidas ascendem a 280 milhões de dólares (225 milhões de euros), superando em muito os 225 milhões (180 milhões de euros) divulgados anteriormente.

A administração da The Weinstein Company disse que continuará a trabalhar para encontrar uma solução que não a falência. Defendeu ainda que a alegada descoberta de novas informações por parte dos investidores foi apenas uma desculpa e que nunca houve verdadeira intenção de asquirir os ativos da empresa.

Harvey Weinstein foi afastado da empresa em outubro do ano passado no seguimento de várias denúncias públicas de assédio e abuso sexual por dezenas de mulheres no meio cinematográfico.

Segundo a imprensa, em discussão estava um acordo de 500 milhões de dólares, e a justiça exigia a criação de fundo de 40 milhões de dólares para a empresa compensar as mulheres que acusaram Harvey Weinstein.

A empresa tinha anunciado que iria declarar falência.

Os irmãos Bob e Harvey Weinstein, que em 1979 fundaram os estúdios Miramax, produziram dezenas de filmes e séries de ficção e entertenimento premiadas, entre eles "Sacanas sem lei" (2009) e "Django libertado" (2012), ambos de Quentin Tarantino, "O discurso do rei" (2010), de Tom Hooper, "Guia para um final feliz" (2012), de David O. Russell, e "O mordomo" (2013), de Lee Daniels.

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