Acções da Galp dão gás à subida da Bolsa
A Bolsa portuguesa fechou ontem com valorização de 0,98%, com todas as empresas do PSI-20 em alta. E no resto da Europa os ganhos ainda foram maiores, com os investidores a responder com entusiasmo à decisão do G20 de manter as ajudas à economia até que a retoma seja segura.
As acções da Galp foram o grande combustível da subida. A petrolífera, impulsionada por nova escalada dos preços do crude nos mercados internacionais, recuperou 2,14%, apesar das previsões dos analistas apontarem para uma quebra de 56% nos resultados do terceiro trimestre, a divulgar amanhã, devido ao estreitamento das margens de refinação.
A banca também ajudou - o BES deu um pulo de 1,63%, depois da Bloomberg ter noticiado que o banco presidido por Ricardo Salgado está a preparar uma emissão de obrigações hipotecárias de mil milhões de euros; o BPI subiu 1,53% e até o BCP ganhou 0,32%, apesar do KBW prever que o banco de Santos Ferreira apresente, amanhã, uma quebra de 30% nos lucros do terceiro trimestre.
Destaque ainda para a valorização de 2,28% da Jerónimo Martins, suportada pelos upgrades de várias casas de investimento; e para o ganho de 1,35% da Brisa, mesmo depois do Natixis considerar que as acções da concessionária "negoceiam a um prémio injustificado face ao sector". Por outras palavras, estão caras.