Abrantina ganha megaprojecto na Malásia

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A portuguesa Abrantina foi a única construtora pré-seleccionada num grande concurso na Malásia, que envolve a construção de um parque desportivo (incluindo um estádio de futebol para 40 mil pessoas), mais de 600 apartamentos, duas torres de escritórios e um centro comercial (com hipermercado e 87 lojas). O projecto envolve um investimento superior a cem milhões de dólares.

Fernando Lopes, responsável pela empresa na Ásia, disse ao DN que a Abrantina já "é praticamente a vencedora do concurso", estando a decorrer a "fase final" das negociações. "Concorremos sozinhos a este projecto, que demorará quatro anos a ser concluído e envolverá centenas de trabalhadores", sublinhou. A obra começa "no primeiro semestre deste ano". Todos os empreendimentos serão edificados na mesma zona, perto de Kohta Baru.

Apesar de ter operações noutras regiões da Ásia, o negócio da Abrantina esteve concentrado na Malásia nos últimos anos. A construtora concluiu, no ano passado, as obras de uma unidade hoteleira construída em volta de um lago artificial, no valor de dez milhões de dólares. Contudo, a recessão económica de 2001 levou ao cancelamento de outros empreendimentos previstos para o país.

O actividade da construtora no mercado asiático foi iniciada em 1993, com a constituição de uma empresa em Singapura. Posteriormente, constituiu uma sucursal em Macau. Tailândia e Timor são os outros mercados da região onde a Abrantina opera.

Sudeste asiático

Muito se fala da China e da Índia, mas há outros países da Ásia com oportunidades de investimento. De acordo com Miguel Coelho, técnico do ICEP que ontem participou no "ciclo asiático" da Associação Comercial de Lisboa, existem oportunidades para os empresários portugueses nos países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Os sectores com mais potencial destes dez países (Singapura, Malásia, Indonésia, Tailândia, Filipinas, Vietname, Laos, Camboja, Myanmar e Brunei) "são os da eléctrica, electrónica, indústrias ligadas à exploração de recursos naturais e construção". No caso dos mercados mais desenvolvidos, como Singapura e Malásia, "seria altura de tentar introduzir bens de consumo mais tradicionais, como o vinho, papel, têxtil. Era importante levar marcas, produtos de valor acrescentado", disse ao DN Miguel Coelho. Apesar do investimento português na ASEAN ser reduzido, as exportações têm crescido e são favoráveis a Portugal.

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