A Larus não tem limites. "Quer abraçar o mundo", é o lema lançado por Pedro Martins Pereira, fundador e presidente da empresa, que há 22 anos se dedica ao fabrico de mobiliário urbano. Quem vai a Versalhes, a Insbruck, ou até ao Passeo de Recoletos, em Madrid, acaba por tropeçar em mobiliário da marca. O mesmo acontece em Portugal e um pouco por todo o mundo..Pedro Martins Pereira, bisneto do fundador da empresa de fundição Alba, licenciou--se em Engenharia Metalúrgica para dar continuidade ao projeto familiar. "Mas sentia que havia coisas que queria fazer e ali não conseguia." E resolveu criar a Larus. Ainda sem empregados, concorreu ao fornecimento de quiosques para a autarquia de Aveiro. O seu projeto foi aceite e foi o primeiro degrau de um já longo caminho para o êxito..O presidente da Larus não se limita ao já feito. "Tive sempre uma perspetiva. Desde o primeiro momento, o design tinha de ser uma das forças fundamentais da empresa", realça o fundador. A ferramenta intervém no "auxílio ao correto desenho das peças, respondendo a problemas com a ergonomia e a funcionalidade". Para responder às necessidades dos clientes (autarquias, empresas de construção civil e instituições públicas e privadas), a empresa conta com a colaboração de Siza Vieira, Souto Moura, Daciano da Costa, Francisco Providência, Henrique Cayatte e muitos outros. Os arquitetos e designers são convidados a plantar uma árvore na área envolvente à unidade industrial. .Inicialmente, a Larus estava instalada na freguesia de Alquerubim, em Albergaria-a- -Velha, mas o volume de negócios cresceu significativamente com o projeto de toda a sinalética da Expo 98 e obrigou à criação de novas e mais amplas instalações, mantendo-se, no entanto, no mesmo concelho. "A Expo 98 deu outra projeção à empresa. Grandes autores olharam para nós de outra forma, pois verificaram que fomos capazes de encontrar soluções que respondessem às necessidades apresentadas", diz Pedro Martins Pereira. .O decréscimo das vendas em mercado nacional levou à aposta num programa de expansão, que começou na vizinha Espanha. Em 2008, a gaivota (significado de Larus em latim) lançou voo para outros países e atualmente exporta também para Inglaterra, Bélgica, Alemanha, Áustria, Eslovénia, Itália, Angola, Marrocos. Os critérios de exportação variam. "Temos duas estratégias que se fundem: a de avançarmos para países da Europa Central, onde nos é colocada uma grande exigência naquilo que fazemos, e para países africanos e Médio Oriente", afirma. O êxito dessa perspetiva de crescimento manifesta--se nos índices: "Há três anos exportámos 2,8% da produção. No ano seguinte, 6% e em 2011 passámos para os 40%, o que representa um crescimento brutal.".Os equipamentos desenvolvidos pela empresa vão muito além de bancos, candeeiros, papeleiras, sinaléticas e quiosques. A cidade da Guarda tem em funcionamento uma pista check-up equipada pela Larus, que é, no entender do presidente, um dos mais arrojados projetos da marca. "O sistema permite à população a realização de testes básicos aos níveis cardiovasculares, urológicos e metabológicos. É um complemento ao Sistema Nacional de Saúde, com custos muito reduzidos", esclarece..A Larus tem obtido reconhecimento internacional, traduzido em prémios como o DME Award e o Red Hot Design Award. Em 2011, foi considerada a Melhor Empresa Europeia na Implementação do Design, pelo Centro Europeu de Design. "O prémio não é atribuído por ter peças bonitas, é porque conseguem dar resposta ao que as pessoas precisam e são bem desenvolvidas, no que respeita a materiais, tecnologias e custos", conclui Pedro Martins Pereira.