ABBA abrem museu mas não vão dar concertos
"Senti uma certa relutância em ser um objeto de museu. Mas fui obrigado a mudar de ideias quando percebi que seria em Estocolmo, assim eu não iria para vê-lo de longe", disse Björn Ulvaeus em entrevista à AFP.
"Os outros (Anni-Frid Lyngstad, Agnetha Fältskog et Benny Andersson) estavam lá: um museu, não, realmente... mas estavamos todos convencidos", acrescentou. "Eu acho e espero que eles estejam contentes, porque um museu é uma coisa permanente, vai estar nos guias!"
Em conferência de imprensa, Ulvaeus descartou qualquer projeto de reunir o grupo. "No museu podem ver-nos juntos. Não conseguirão ver tal mais perto que isso", brincou o músico.
De facto, numa cave de 1200 metros quadrados os ABBA são omnipresentes: fotos de infância e dos tempos de maior sucesso, fatos e entrevistas em ecrãs espalhados pelo espaço.
Os visitantes poderão percorrer o museu ao som das suas vozes graças a guias áudio criados para o museu, cantar em palco com os quatro artistas, mas também descobrir a cabina do produtor, a mesa de trabalho do estilista da banda ou o estúdio onde gravavam os discos.
É uma história contada a partir do interior "com humor e cordialidade. Os visitantes vão estar mais perto da verdade", acrescentou orgulhosamente Björn Ulvaeus.
"O museu fala também da vida quotidiana, da vida com os filhos, da rotura, das crises, e de coisas que não foram muito faladas, como os divórcios", adiantou ainda o músico.
À porta do edifício do museu, que também alberga o Swedish Hall of Fame e um hotel-restaurante, estavam hoje cerca de meia centena de fãs à espera de ver os seus ídolos.
"Disseram-nos que a Agnetha não viria, mas a minha intuição diz que ela virá", disse à AFP Patricia, vinda da Bélgica especialmente para a ocasião.
Desde 1974, os ABBA, que estiveram em atividade durante dez anos, venderam 378 milhões de discos em todo o mundo. Uma marca só superada por Elvis Presley e os Beatles.