A semana num minuto

Na primeira semana de campanha oficial para as eleições presidenciais em Portugal os testes covid do Presidente em exercício Marcelo Rebelo de Sousa acabaram por ter mais destaque do que as ideias dos outros seis candidatos. E nos EUA, depois da invasão ao Capitólio na semana passada, esta fica marcada pela aprovação na Câmara dos Representantes do segundo processo de destituição do presidente Donald Trump.
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Sábado. Vacinas. Papa critica quem não aceita e Isabel II dá exemplo

"Negação suicida". Com estas duas palavras o Papa Francisco marcou a sua posição no debate sobre a vacinação contra a covid-19 que nas últimas semanas tem ganho espaço mediático. No mesmo dia em que Francisco defendeu que "do ponto de vista ético, todos devem ser vacinados. Colocamos em risco a nossa saúde, mas também a dos outros" e anunciou que já tinha marcado a sua vez no Vaticano para tomar a primeira dose da vacina. O Palácio de Buckingham divulgou uma nota a dar conta que a rainha Isabel II e o marido, o príncipe Philip, também já tinham recebido a vacina.

Domingo. Idosos em lar devem votar sem sair à rua

Dar aos idosos que estão nos lares a possibilidade de votar levando a "máquina eleitoral" a essas instituições em vez de os obrigar a sair de um ambiente supostamente protegido foi uma das ideias que marcaram este domingo e que o governo acabou por colocar em marcha. A possibilidade foi defendida numa entrevista que o Presidente da República deu ao DN e à TSF. Onde ainda disse esperar que o OE para 2022 seja aprovado. Ainda no DN, Marine Le Pen, líder do partido de extrema-direita francesa Rassemblement National, frisou ser "insuportável que hoje a UE se constrói sem povos".

Segunda-feira. Os testes confusos do Presidente. E Cuba volta à lista negra

Este dia ficou marcado pelo início da confusão com os testes à covid-19 feitos pelo Presidente da República. Entre resultados negativos (1) e positivos (1), Marcelo Rebelo de Sousa acabou por anular a presença no debate na RTP com os outros seis candidatos às presidenciais. Nos EUA, a Câmara dos Representantes decidiu que iria votar a destituição de Donald Trump como presidente e este anunciou que tinha colocado Cuba na lista negra dos países que apoiam o terrorismo, da qual a administração de Barack Obama tinha retirado o país em 2015

Terça-feira. Infarmed, RTP e Presidente irritado com SNS

Logo pela manhã os políticos ouviram dos especialistas de saúde pública que Portugal está numa situação muito difícil no que diz respeito à pandemia com as projeções de casos e mortes a subir diariamente. E ouviram também opiniões contrárias sobre o que fazer no caso das escolas. À noite no debate sobre as presidenciais o que Marcelo Rebelo de Sousa (que participou por videoconferência) mais ouviu foi que estava muito próximo do governo. Fora da antena mostrou-se "irritado" com o SNS pois não foi informado por escrito da sua situação - devido aos resultados dos testes covid - e até lhe terão dado informações contraditórias.

Quarta-feira. E voltamos ao confinamento. País recua um ano

Após vários dias com recordes de casos e mortes devido à covid-19 e inúmeros avisos de especialistas em saúde pública sobre a necessidade de tomar medidas para tentar controlar a pandemia, o governo decidiu seguir a maior parte dos conselhos e pediu aos portugueses para cumprir o "dever geral de recolhimento domiciliário". Em relação a março de 2020 a grande diferença para este segundo confinamento passa pela manutenção das escolas abertas.

Nos EUA o dia ficou marcado pela votação na Câmara do Representantes do processo de destituição do presidente Donald Trump. O segundo no seu mandato.

Quinta-feira. A "explosão nuclear no ciberespaço" que atingiu Trump

Nos EUA o dia foi animado em redor da presidência: o diretor executivo do Twitter, Jack Dorsey, defendeu a suspensão de Trump - que na véspera viu ser aprovado na Câmara dos Representantes o segundo processo de destituição do mandato - da rede social, admitindo, porém, que é um precedente perigoso. Em defesa do presidente surgiu a Rússia que disse, pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que aquela decisão é "uma explosão nuclear no ciberespaço". Quanto ao futuro presidente, foi também neste dia que se soube que Lady Gaga e Jennifer Lopez vão cantar o hino na investidura de Joe Biden, no dia 20.


Sexta-feira. Ursula von der Leyen e os seis meses de liderança portuguesa

O primeiro dia do "dever geral de confinamento" - versão mais soft do que aconteceu em março-abril de 2020 - ficou marcado por dois temas: o muito movimento nas ruas e a visita da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen a Lisboa. Deslocação que fez parte da agenda dos primeiros dias de presidência portuguesa do Conselho da União Europeia e que permitiu ao primeiro-ministro António Costa voltar a enumerar os objetivos para os próximos seis meses: recuperação económica, desenvolvimento do Pilar Social da União Europeia e o reforço da autonomia estratégica da Europa.

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