A seleção alemã - exemplo de integração

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A seleção alemã está entre os favoritos ao título europeu de futebol em 2016. A qualificação para o Campeonato Europeu de 2016 apenas ficou assegurada na última jornada, mas uma coisa é óbvia: o onze alemão quer defender a sua reputação e estará de novo na sua melhor forma.
A eficácia da seleção nacional advém também do forte espírito de grupo, que resulta da integração dos numerosos talentos individuais numa equipa que age coletivamente. A grande capacidade de integração da seleção alemã manifesta-se igualmente na inclusão de diversos jogadores oriundos da imigração. Estes jogadores contribuem decisivamente para o desempenho do onze alemão e, sem eles, a seleção provavelmente não obteria o mesmo êxito em grandes campeonatos internacionais. A Alemanha é um país de imigração e isso também se reflete na seleção nacional.

Já não é possível imaginar o onze nacional sem jogadores de exceção como Mesut Özil (de origem turca), Sami Khedira (de origem tunisina) ou Jérôme Boateng (com pai ganês) - e a Alemanha tem uma dívida de gratidão para com eles. Juntamente com outros jogadores oriundos da imigração na seleção alemã, eles representam exemplarmente a diversidade que caracteriza o nosso país.

Acusações recentes da extrema-direita - como em relação a Jérôme Boateng, por alegadamente ninguém o desejar ter como vizinho, ou a Mesut Özil, devido à sua peregrinação a Meca - foram repudiadas pelos alemães, que expressaram a sua solidariedade com os jogadores visados. Os alemães apoiam entusiasticamente a sua seleção de futebol, independentemente da proveniência dos jogadores nacionais. Ficamos na expectativa de assistir a um Campeonato Europeu empolgante e multifacetado, jogado com fairplay e espírito de equipa!

Embaixador da Alemanha em Portugal

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