O que de melhor tem a sociedade portuguesa é evidenciado na longevidade de instituições de base associativa que emergem da sociedade civil. Celebrar 178 anos de associativismo, além da nobreza que representa, é obra. Obra de todos os associados que compõem a Associação Mutualista Montepio, portugueses, de base intergeracional e interclassista, de uma universalidade notável, apenas ao alcance de organizações que têm sido capazes de viver, crescer e desenvolver-se sob uma visão estratégica que se autorreinventa e se adapta acompanhando a evolução do comportamento e das necessidades dos indivíduos..O equilíbrio de sensibilidades e de tendências, de ideias e de perspetivas é um permanente desafio e, por isso, tarefa incontornável de quem lidera uma organização com estas características. A dimensão da Associação Mutualista Montepio é muito mais do que os números alcançam, ainda que nos orgulhemos de fazer parte da maior associação de pessoas da Península Ibérica e uma das maiores da Europa..A sua grandiosidade mede-se na concretização da sua ambição estratégica ao se ter tornado, nas últimas décadas, a mais ativa instituição da economia social em Portugal: ao participar em inúmeras ações de intervenção social, de apoio ao desenvolvimento das instituições que complementam a ação do Estado nas suas obrigações de apoio aos cidadãos mais cadenciados e desprotegidos; ao ter contribuído ativamente para a preservação da estabilidade económica das famílias e do sistema financeiro, de forma responsável, e nem sempre da forma reconhecida que merece, ao sabor da espuma da atualidade, convenientemente pouco esclarecida, em momentos que serviram interesses contrários aos interesses desta quase bicentenária instituição..Afinal, depois das infundadas ideias de instabilidade, o Montepio é grande, influente, de matriz portuguesa, da sociedade civil, com toda a responsabilidade que tal implica e, concomitantemente, com todos os riscos de exposição a interesses paralelos aos interesses individuais dos seus associados..Em quase 15 anos de contributo da minha vida, ao serviço desta nobre instituição, assisti a uma organização ávida de desenvolvimento; experimentei a força viva e determinada em fazer bem e no cumprimento do propósito de gerar valor para os associados, suas famílias e beneficiários; vivi momentos historicamente inéditos como o da grande crise financeira que assolou o país, e que se transformou numa grave crise de dívida soberana abatendo-se sobre os agentes económicos e, em particular, sobre as famílias..São os momentos extraordinários e exigentes como os que atravessámos nos últimos anos que realçam a qualidade das decisões e de mulheres e homens que demonstraram, a todo o tempo, uma enorme capacidade de adaptação. São os momentos extraordinários que distinguem o sentido de responsabilidade de quem se confronta com a necessidade de decidir em função de surpreendentes estreitos caminhos, sem nunca hipotecar o mais elevado interesse das pessoas que confiam nas opções que fizeram quanto à cobertura de contingências futuras, materializadas nas modalidades Mutualistas subscritas..Hoje, governar a Associação Mutualista Montepio exige um sentido de responsabilidade e de preparação ímpares quando comparado com organizações da mesma natureza, mas com menor dimensão, menor complexidade e menor capacidade de intervenção social. Diria ímpar, em face de organizações de base de capital, seja instituições financeiras ou sociedades comerciais..E foi esta associação que os seus associados construíram e, generosamente, ofereceram à sociedade portuguesa. Hoje, o Montepio é um parceiro incontornável do Estado, cumprindo com o desígnio inscrito na Lei Fundamental quanto ao papel a desempenhar pela economia social. O Montepio é muito maior e mais importante do que os membros dos seus órgãos de gestão. Muito maior do que cada um. Nos momentos mais extraordinários e mais exigentes, fica a consciência de que as decisões tomadas colegialmente, num quadro de escrupuloso cumprimento ético e regulamentar, foram no sentido de defender os capitais interesses das pessoas que compõem a Associação Mutualista Montepio. Porque foram participadas, discutidas, ponderadas e executadas em conformidade, de forma determinada. E porque se pautaram sempre pelo cumprimento escrupuloso dos compromissos, fortalecendo em todos os momentos a confiança depositada nesta nobre instituição, que a fortalece e que, por tal, a perpetua..Por isso, estou e estarei sempre no lado certo: ao lado das pessoas..Sou do Montepio, com muito orgulho. Orgulho no seu prestigiado passado, no seu desafiante presente e no seu promissor futuro..Presidente da Associação Mutualista Montepio
O que de melhor tem a sociedade portuguesa é evidenciado na longevidade de instituições de base associativa que emergem da sociedade civil. Celebrar 178 anos de associativismo, além da nobreza que representa, é obra. Obra de todos os associados que compõem a Associação Mutualista Montepio, portugueses, de base intergeracional e interclassista, de uma universalidade notável, apenas ao alcance de organizações que têm sido capazes de viver, crescer e desenvolver-se sob uma visão estratégica que se autorreinventa e se adapta acompanhando a evolução do comportamento e das necessidades dos indivíduos..O equilíbrio de sensibilidades e de tendências, de ideias e de perspetivas é um permanente desafio e, por isso, tarefa incontornável de quem lidera uma organização com estas características. A dimensão da Associação Mutualista Montepio é muito mais do que os números alcançam, ainda que nos orgulhemos de fazer parte da maior associação de pessoas da Península Ibérica e uma das maiores da Europa..A sua grandiosidade mede-se na concretização da sua ambição estratégica ao se ter tornado, nas últimas décadas, a mais ativa instituição da economia social em Portugal: ao participar em inúmeras ações de intervenção social, de apoio ao desenvolvimento das instituições que complementam a ação do Estado nas suas obrigações de apoio aos cidadãos mais cadenciados e desprotegidos; ao ter contribuído ativamente para a preservação da estabilidade económica das famílias e do sistema financeiro, de forma responsável, e nem sempre da forma reconhecida que merece, ao sabor da espuma da atualidade, convenientemente pouco esclarecida, em momentos que serviram interesses contrários aos interesses desta quase bicentenária instituição..Afinal, depois das infundadas ideias de instabilidade, o Montepio é grande, influente, de matriz portuguesa, da sociedade civil, com toda a responsabilidade que tal implica e, concomitantemente, com todos os riscos de exposição a interesses paralelos aos interesses individuais dos seus associados..Em quase 15 anos de contributo da minha vida, ao serviço desta nobre instituição, assisti a uma organização ávida de desenvolvimento; experimentei a força viva e determinada em fazer bem e no cumprimento do propósito de gerar valor para os associados, suas famílias e beneficiários; vivi momentos historicamente inéditos como o da grande crise financeira que assolou o país, e que se transformou numa grave crise de dívida soberana abatendo-se sobre os agentes económicos e, em particular, sobre as famílias..São os momentos extraordinários e exigentes como os que atravessámos nos últimos anos que realçam a qualidade das decisões e de mulheres e homens que demonstraram, a todo o tempo, uma enorme capacidade de adaptação. São os momentos extraordinários que distinguem o sentido de responsabilidade de quem se confronta com a necessidade de decidir em função de surpreendentes estreitos caminhos, sem nunca hipotecar o mais elevado interesse das pessoas que confiam nas opções que fizeram quanto à cobertura de contingências futuras, materializadas nas modalidades Mutualistas subscritas..Hoje, governar a Associação Mutualista Montepio exige um sentido de responsabilidade e de preparação ímpares quando comparado com organizações da mesma natureza, mas com menor dimensão, menor complexidade e menor capacidade de intervenção social. Diria ímpar, em face de organizações de base de capital, seja instituições financeiras ou sociedades comerciais..E foi esta associação que os seus associados construíram e, generosamente, ofereceram à sociedade portuguesa. Hoje, o Montepio é um parceiro incontornável do Estado, cumprindo com o desígnio inscrito na Lei Fundamental quanto ao papel a desempenhar pela economia social. O Montepio é muito maior e mais importante do que os membros dos seus órgãos de gestão. Muito maior do que cada um. Nos momentos mais extraordinários e mais exigentes, fica a consciência de que as decisões tomadas colegialmente, num quadro de escrupuloso cumprimento ético e regulamentar, foram no sentido de defender os capitais interesses das pessoas que compõem a Associação Mutualista Montepio. Porque foram participadas, discutidas, ponderadas e executadas em conformidade, de forma determinada. E porque se pautaram sempre pelo cumprimento escrupuloso dos compromissos, fortalecendo em todos os momentos a confiança depositada nesta nobre instituição, que a fortalece e que, por tal, a perpetua..Por isso, estou e estarei sempre no lado certo: ao lado das pessoas..Sou do Montepio, com muito orgulho. Orgulho no seu prestigiado passado, no seu desafiante presente e no seu promissor futuro..Presidente da Associação Mutualista Montepio