"A paciência do Equador chegou ao limite". As razões para a retirada de asilo a Assange
Depois de ter albergado durante sete anos o fundador da WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada do Equador em Londres, o que mudou para o país da América Latina ter agora retirado o asilo político ao australiano?
"A paciência do Equador chegou ao limite", afirmou o presidente equatoriano, Lenín Moreno, em conferência de imprensa, dando conta de várias atividades irregulares de Assange. "A mais recente foi em janeiro deste ano, quando o WikiLeaks divulgou documentos do Vaticano. Membros importantes dessa organização visitaram o senhor Assange antes e depois dessa divulgação", revelou Moreno, que também denunciou outras irregularidades: "Instalou equipamentos eletrónicos de distorção não permitidos, bloqueou câmaras de segurança, agrediu e maltratou os seguranças da sede diplomática, acedeu sem permissão e arquivos de segurança, possuía um telemóvel com o qual comunicava com o exterior e, por último, a WikiLeaks ameaçou há poucos dias o governo do Equador."
Também a ministra do interior do Equador, María Paula Romo, justificou a retirada de asilo a Assange ao El País. "Pisaram uma linha muito grave há poucos dias. O retiro do asilo é uma decisão soberana do Equador e também é a consequência do incumprimento reiterado das normas de asilo e da mínima convivência", afirmou, apoiada pela Assembleia Nacional.