A morte misteriosa de Pascal
Está a chegar ao fim o processo judicial sobre o desaparecimento de Pascal Zimmer de cinco anos, em Setembro de 2001, em Saarbrucken. A criança foi vítima de abusos sexuais por uma mãe de acolhimento, que terá também abusado de outras crianças, disponibilizando-as ainda aos clientes do seu bar.
Pascal nunca foi encontrado. Na altura, ainda se especulou que ele teria sido enterrado perto da fronteira com a França, mas o corpo nunca apareceu. O mistério permanece até hoje para os investigadores.
Seis dos 12 suspeitos, homens e mulheres, que frequentavam o bar e que ainda estão detidos, acusados de terem molestado e assassinado Pascal, voltaram ontem ao banco dos réus. As investigações terminaram sem que mais nada de concreto se tenha descoberto.
Na época, o jovem Pascal foi atraído para um bar, Tosa-Klause, aberto 24 horas por dia, dos arredores de Saarbrucken, de onde nunca mais saiu. A criança foi abusada sexualmente por quatro homens, em cumplicidade com Andrea M., a empregada que, inclusive, silenciou Pascal com uma almofada para não se ouvirem os gritos. Andrea de 43 anos, mãe de um rapaz também abusado no bar, foi a testemulha mais importante: confessou o crime, testemulhou contra os seus clientes e admitiu que participou no assassínio, mas meses depois desmentiu tudo.
A imprensa alemã diz que o caso, cuja sentença será lida até 7 de Setembro, é um dos mais estranhos dos últimos anos, mas os pais de Pascal já não assistirão ao desfecho: a mãe faleceu em Junho de 2005 com uma embolia cerebral, quatro anos depois do desaparecimento do filho e o pai um mês depois, de ataque cardíaco.|