A morte de Fernando Pessoa, o grande poeta de Portugal

"A sua passagem pela vida foi um rasto de luz e de originalidade", noticiava o <em>Diário de Notícias</em> na primeira página. "Tudo nele era inesperado: Desde a sua vida até aos seus poemas até à sua morte."
Publicado a
Atualizado a

"Morreu Fernando Pessoa, o grande poeta de Portugal." Era dia 3 de dezembro de 1935 e a notícia da morte de Fernando Pessoa surgia na primeira página do Diário de Notícias. Neste dia o escritor foi a enterrar após ter morrido no Hospital de São Luiz, três dias antes. "A sua passagem pela vida foi um rasto de luz e de originalidade", lia-se no texto publicado.

O poeta era definido como o autor "extraordinário da Mensagem poema de exaltação nacionalista dos mais belos que se têm escrito". Recordava-se que não era só Fernando Pessoa. Era também Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis, alguns dos seus heterónimos. "Tudo nele era inesperado: Desde a sua vida até aos seus poemas até à sua morte."

"Um grupo de amigos conduziu-o ontem a um jazigo banal do Cemitério dos Prazeres", escrevia ainda o DN.

A notícia, com uma fotografia do poeta, encontrava-se numa coluna da primeira página. Não era à época o tema principal. Era ainda as comemorações do 1º de Dezembro que dominavam as atenções, num ano em que Espanha vivia grande agitação que iria culminar na Guerra Civil. A restauração da independência era descrita como "uma data nacional", que teve "em Lisboa e por todo o país um alto significado patriótico em cerimónias de grande brilho e solenidade". O DN informava que o chefe do Estado "abriu a subscrição para a compra do Palácio da Restauração".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt