A estreia na realização de Natalie Portman

"Uma História de Amor e Trevas", Natalie Portman
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A autobiografia do escritor israelita Amos Oz (n. 1939) é um livro imenso e fascinante (disponível no mercado português em edição com chancela Dom Quixote). E não tenhamos dúvidas que a sua riqueza narrativa e humana seria sempre um desafio radical a qualquer tentativa de adaptação cinematográfica. O menos que se pode dizer desta primeira realização de Natalie Portman é que ela sabe transformar Uma História de Amor e Trevas num delicado labirinto histórico e emocional, para mais assinando também a respetiva adaptação.

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Centrando o essencial do filme na década de 1940 (desembocando no nascimento do Estado de Israel, em 1948), Portman encena em particular as relações do pequeno Amos (Amir Tessler) com a mãe Fania, personagem de muitas convulsões e enigmas que a própria realizadora compõe com impressionante rigor. Acima de tudo, este é um filme que nos reconcilia com a complexidade da história, contrariando qualquer visão maniqueísta, não apenas da história de Israel, mas também dos contrastes interiores do Médio Oriente.

Classificação: ***

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