Petrópolis. A cidade da tragédia onde é cobrada taxa para a família real desde 1847
Oficialmente chamado de laudêmio e popularmente de "taxa do príncipe", este imposto foi criado em 1847 e dura até aos dias de hoje. Graças a este imposto, os herdeiros da família real brasileira recebem 2,5% de todas as transções de imóveis feitas na região onde ficava a Fazenda Córrego Seco e que atualmente engloba o centro e outros bairros valorizados da cidade.
De acordo com o G1, a cobrança deste imposto é feita pela Companhia Imobiliária de Petrópolis, administrada pelos herdeiros da família real brasileira.
Face à tragédia que se abateu na terça-feira em Petrópolis com fortes chuvas e deslizamento de terras, cujo último balanço aponta para a existência de 152 mortos e cerca de um milhar de desalojados, a mensagem deixada nas redes sociais pela chamada Casa Imperial do Brasil gerou muitos comentários nas redes sociais.
Twittertwitter1494763651013779459
Twittertwitter1494665717920243713
Twittertwitter1494660019668897792
Entretanto, e face à polémica levantada, Dom Betrand de Orleans e Bragança, que se apresenta como príncipe imperial do Brasil, usou também as redes sociais para esclarecer a sua família imediata - ele próprio, irmãos e sobrinhos - não recebe "quaisquer quantias referentes ao laudêmio percebido pela Companhia Imobiliária de Petrópolis", explicando que o seu pai, "o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil entre 1921 e 1981, vendeu todas as suas ações da dita Companhia Imobiliária ainda na década de 1940."
Twittertwitter1494680734916825088
De acordo com o G1, na última sexta-feira o deputado federal Marcelo Freixo, do PSB, apresentou na Câmara dos Deputados um projeto de lei para canalizar as receitas da "taxa do príncipe" para as vítimas da tragédia de Petrópolis.
As receitas passariam para a mão da autarquia de Petrópolis que teria ainda de usar as verbas para criar políticas de prevenção e combate a desastres ambientais.