A arte de filmar a passagem do tempo

Como filmar a infância e a adolescência? Em <i>Boyhood</i>, Richard Linklater acompanhou os seus atores durante 12 anos - um projeto único com resultados fascinantes
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O novo filme de Richard Linklater, Boyhood, surge hoje nas salas portuguesas com o subtítulo Momentos de uma Vida. É disso que se trata, sem dúvida: seguimos a existência do pequeno Mason, interpreta- do pelo magnífico Ellar Coltrane, desde a infância até à entrada na universidade. Em todo o caso, é preciso acrescentar que tais "momentos" não funcionam como meros episódios reveladores das alegrias, silêncios e angústias de um tema que seria, em última instância, a teia emocional da adolescência.

Claro que o filme é sobre isso - e com ressonâncias simbólicas muito atuais. Mas mesmo atraindo uma paradoxal redundância, importa acrescentar que o é de uma forma que só o cinema pode ser. Como? Observando a passagem do tempo através da transformação, ora delicada, ora convulsiva, dos corpos dos atores.

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