A América foi "porto de abrigo" para cérebros nazis
O New York Times, que teve acesso a um documento com 600 páginas onde se afirma que o governo norte-americano "sabia muito mais do que se pensava sobre a história da colaboração norte-americana com os nazis após a Segunda Guerra Mundial", revela que a CIA usou antigos nazis para missões de espionagem efectuadas durante o pós guerra.
Um dos casos revelados no relatório é o do cientista Arthur Rudolph, que foi levado para os estados Unidos da América em 1945 e participou no programa espacial norte-americano, tendo trabalhado na construção de foguetões e sendo mesmo considerado pela NASA como o pai do Saturno V.
O documento agora revelado pelo New York Times, e que o Departamento norte-americano da Justiça tentou esconder desde 2006, prova que a CIA chegou a debater como deveriam proceder estes nazis caso fossem interrogados sobre o seu passado.
A história não é nova e há muito que se suspeitava que, após a Segunda Guerra Mundial, centenas de cientistas que tinham trabalhado com o regime nazi durante a guerra tinham sido levados para os EUA. Aliás, a caça aos "cérebros" nazis no final da guerra não foi só efectuada pelos norte-americanos, mas também pela ex-União Soviética e restantes países aliados.
A notícia agora revelada pelo New York Times vem dar razão a Jim Marrs, um repórter de investigação norte-americano, que já a tinha denunciado no seu livro "A ascensão do quarto Reich", publicado este ano em Portugal pela Lux-Citania.
(Saiba mais sobre este tema no texto relacionado, o Projecto Paperclip).