7 Maravilhas "sentam" Portugal à mesa

Gastronomia, vinhos, azeites e roteiros turísticos, são o tema da eleição das 7 Maravilhas de 2018. O projeto desafia os portugueses a elegerem as "mesas" a concurso. Candidaturas alargadas até 7 de março
Publicado a
Atualizado a

O objetivo das 7 Maravilhas à Mesa é homenagear o país e as regiões mostrando os produtos locais como os melhores pratos, vinhos, petiscos, roteiros e experiências gastronómicas. As candidaturas a esta eleição decorrem até 7 de março.

Durante a apresentação, Luís Segadães, presidente das "7 Maravilhas", explicou que a região neste concurso pode ser "uma aldeia, uma vila, uma cidade, um hotel, ou mesmo um restaurante. Qualquer entidade pública ou privada pode candidatar as suas propostas sendo que as únicas duas limitações que a organização impõe é que todas as mesas têm de ter três pilares - gastronomia, vinhos e azeites e roteiros turísticos" e que as "mesas" sejam endógenas, ou seja que defendam aquilo que se produz nessa mesma região.

Luís Segadães referiu que a expectativa da apresentação do evento que aconteceu esta quarta-feira é "lançar um grande debate e competição, pelo concurso popular, onde o termo rivalidade vai continuar a estar presente".

Esta é a sétima eleição realizada em Portugal e visa promover os patrimónios que marcam a identidade nacional, mas também criar conhecimento com vista a promover o turismo. Segundo José Carlos Malato, apresentador do programa que dá cara ao projeto, após a última edição "foram vários os testemunhos que confirmaram que depois da promoção televisiva, as aldeias [históricas] receberam uma enorme afluência de visitantes".

As propostas de mesas terão uma validação científica que está a cargo da Rede de Instituições Públicas do Ensino Superior com Cursos na área do Turismo (RIPTUR), uma rede que engloba 17 instituições politécnicas, e que terá de garantir que "todos os produtos apresentados a concurso são uma fiel representação da região", disse José Sancho Silva, coordenador da comissão executiva da RIPTUR.

Depois de terem sido escolhidas as "7 Maravilhas - Praias de Portugal", as "7 Maravilhas da Gastronomia", as "7 Maravilhas Naturais de Portugal", as "7 Maravilhas de Origem Portuguesa do Mundo", as "7 Maravilhas de Portugal" e as "7 Maravilhas Aldeias Históricas", nos últimos seis anos, o objetivo para este ano é "continuar a aumentar o sucesso do que é tradição no nosso país", afirmou Luís Segadães.

A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, destacou o papel importante das instituições em colaborarem em projetos como este e de "estarem ao serviço da sociedade não só, no sentido de acompanhar o conhecimento da valorização dos produtos endógenos, na forma como são incorporados na redescoberta da gastronomia tradicional, mas também ao nível de dar a conhecer os produtos nas suas essências".

Sublinhou ainda a importância deste evento, "que será uma redescoberta do mundo rural, e vai ser reconhecido não como uma memoria só do passado, mas uma perspetiva de futuro".

O processo de eleição segue o percurso de anos anteriores, de onde vai resultar uma lista de 49 pré-finalistas, 7 por cada região do país. Estas 49 mesas pré-finalistas serão votadas pelo público, para eleger as 7 Maravilhas à Mesa, uma mesa por cada uma das 7 regiões de Portugal.

As "7 Maravilhas" continuam a realizar-se em parceria com a RTP, com José Carlos Malato e Catarina Furtado como apresentadores. Para o presidente do conselho de administração da RTP, Gonçalo Reis, a estação pretende dar a conhecer uma vez mais o que de bom se faz no país, mostrando "a qualidade portuguesa, novas estrelas e inovação".

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt