200 estágios internacionais para a cultura
Podem candidatar-se à Inov-Art jovens artistas sem graus académicos
O programa de inovação de jovens quadros, em que o Governo de Sócrates aposta, vai pela primeira vez contemplar candidatos das áreas da arte e da cultura, com grande abrangência nas qualificações, revelou ao DN o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro.
"Este programa destina-se a jovens até aos 35 anos que queiram beneficiar de um estágio profissional fora do País durante nove meses, que tenham talento e queiram aproveitar esta oportunidade", explica o ministro.
O estágio pode ser realizado no local escolhido pelos jovens, podendo ser fundações públicas ou privadas, ateliers de arquitectos, de design, produtoras de cinema, companhias de teatro, etc., abrangendo todo o tipo de artes e indústrias criativas.
A grande novidade deste programa das Artes e Cultura é, para António Pinto Ribeiro, o facto de "se poderem candidatar pessoas que não tenham qualificação académica, mas que tenham experiência no domínio em que se propõem e sejam conhecidos. Há um mínimo que se pede para serem admitidos".
Os subsídios não são de desprezar. Segundo o responsável pela Cultura, estamos a falar de uma verba de 25 mil euros para os nove meses de estágio no estrangeiro "que tanto pode ser em Pequim, Nova Iorque, Londres, o que quiserem", acentua o ministro.
Os jovens que beneficiarem deste programa serão também contemplados com um computador e viagens pagas pelo Governo para o destino do estágio.
"Como se faz uma galeria?", "como se sustenta uma bienal?, são perguntas que os candidatos podem querer aprofundar através desta oportunidade, exemplificava ao DN.
No entanto, o ministro António Pinto Ribeiro vai avisando que "não se trata de pagar férias a ninguém, mas sim de dar uma oportunidade". Apresentam-se várias hipóteses no regulamento, que ainda precisa de ser burilado, podendo ser a instituição estrangeira a propor o estágio, ou, inversamente, ser o jovem a poder candidatar-se a essa mesma instituição.