130 mil pessoas despedem-se de Eduardo Campos
Estima-se que as filas de pessoas quiseram chegar ao caixão de Eduardo Campos tenham atingido os três quilómetros. Foi a viúva do político, Renata Campos, que decidiu que o velório e a missa campal, realizada na praça do Palácio Campos da Princesa, no Recife, Pernambuco, fossem abertos à população.
Inúmeras personalidades da política marcaram presença nas cerimónias fúnebres, entre elas a presidente Dilma Rousseff, que como costuma acontecer em locais onde há grandes multidões, foi apupada, e o seu antecessor, Lula da Silva.
Marina Silva, que na quarta-feira deverá ser oficializada pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro) como a sucessora de Eduardo Campos na corrida às presidenciais de outubro, recebeu várias manifestações de apoio. A começar pela viúva, que a abraçou durante longos minutos e com quem cantou de mãos dadas durante a missa.
Ao contrário de Dilma Rousseff e de Lula da Silva, Marina Silva acompanhou também o funeral.
As cerimónias fúnebres foram bastante politizadas, até pela própria família de Eduardo Campos: ainda no sábado, durante o cortejo do aeroporto para o Palácio, após a chegada dos restos mortais, os filhos do político usaram T-shirts com a frase "Não vamos desistir do Brasil", dita pelo pai durante uma entrevista no âmbito da campanha. Essa mesma frase estava impressa numa faixa colocada no cimo do carro de bombeiros que transportava o corpo e nas centenas de T-shirts que o PSB distribuiu nas ruas, além de milhares de bandeirinhas do partido.
Eduardo Campos, 49 anos, pai de cinco filhos, um deles com seis meses, foi a sepultar no cemitério de Santo Amaro, o mesmo onde está o avô, Miguel Arraes, que foi governador do Estado de Pernambuco.