Mendes desafia deputados a pedir relatório de avaliação do Montepio

Marques Mendes desafiou ontem na SIC os deputados a pedirem a avaliação pedida pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ao valor do Montepio. Segundo o comentador político, aquela instituição tem esse estudo, feito pela Haitong, na mão, mas "está escondido".
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O antigo líder do PSD questionou ainda que o governo autorize a Santa Casa a comprar 1% do capital daquela instituição bancária, por 20 milhões - com o provedor, Eduardo Martinho, a pretender ser administrador não executivo - sem que seja divulgado o estudo. Além disso, Marques Mendes frisou que 1% do capital por aquele valor significa avaliar o banco em dois mil milhões . "Mas é impossível o banco ter esse valor", disse e estabeleceu o paralelo com o BPI, que tem o dobro da quota de mercado do Montepio, e vale hoje 1,7 mil milhões. "Comprar a este valor, sem uma explicação consistente, pode suscitar dúvidas de má gestão, favorecimento ou até de gestão danosa", frisou.

"Disparate monumental"

O antigo líder social-democrata comentou também a vida interna do PSD e considerou um "disparate monumental" os críticos de Rui Rio admitirem que possam existir eleições antecipadas dentro do partido, para mudar o líder, antes das eleições legislativas de 2019. Disparate, disse, porque: "é ficção política", já que Rio nunca se irá demitir antes das eleições; porque pode prejudicar o partido, que já está suficientemente degradado e danificado; e porque revela pouca inteligência, visto que permite a Rio "vitimizar-se".

Mendes defendeu que o presidente social-democrata "parece querer finalmente fazer oposição", ao ter escolhido o novo secretário-geral, José Silvano, e porque vai finalmente para o terreno, nomeadamente com visitas às zonas dos incêndios e a unidades de saúde.

O também conselheiro de Estado considerou que Rui Rio tem beneficiado de uma ajuda suplementar do PS, que não lhe faz críticas.

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