Leonardo DiCaprio disse "já chega" à indústria energética

No Fórum Económico Mundial o ator criticou a falta de vontade e medidas para combater as alterações climáticas
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"Simplesmente não podemos permitir que a ganância corporativa das indústrias do carvão, petróleo e gás determine o futuro da humanidade". O alerta é do ator Leonardo DiCaprio, que criticou duramente a indústria energética na sua intervenção no Fórum Económico Mundial, em Davos.

O ator e ambientalista recebeu esta quarta-feira um prémio Cristal, dado a artistas que de alguma forma ajudam a melhorar o mundo, e aproveitou o discurso de agradecimento para condenar aqueles que tentam negar a existência de alterações climáticas.

Na cerimónia de entrega dos prémios, DiCaprio pediu mais ações para combater as alterações climáticas, que diz ter testemunhado em primeira mão. "Na Gronelândia e no Ártico fiquei atónito por ver que glaciares antigos estão a desaparecer rapidamente, mais rapidamente do que as simulações científicas", disse o ator. "Na Índia conheci agricultores que viram as suas colheitas, o seu sustento, a serem literalmente arrastadas por cheias históricas".

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"Não há dúvidas para a comunidade científica de que isto é o resultado direto da ação humana e que os efeitos das alterações climáticas vão tornar-se astronomicamente piores no futuro", continuou o ator, que ganhou o prémio Cristal pelo seu trabalho como ambientalista.

Na plateia estavam líderes mundiais, empresários das principais indústrias e ativistas, mas os representantes da indústria energética foram os mais criticados. "Já chega", afirmou DiCaprio.

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O ator, que está nomeado para um Óscar, anunciou que a fundação que gere juntou 15 milhões de dólares, cerca de 13,7 milhões de euros, para proteção ambiental, segundo o The Guardian. O fundo deverá servir para proteger 26 quilómetros quadrados da floresta tropical de Samatra.

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O jogador chinês Yao Chen também foi premiado pelo seu trabalho na sensibilização para a situação dos refugiados, assim como o artista Olafur Eliasson e o músico will.i.am, pela fundação i.am Angel, que ajuda jovens pobres a continuar a estudar.

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