'Puxa-empurra' da FAP fazem hoje o último voo

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O transporte de correio por via aérea nas Forças Armadas chega hoje ao fim com o abate dos Cessna FTB-337G, popularmente conhecidos como "puxa-empurra" por terem uma hélice à frente e outra atrás.

A cerimónia, que se realiza na Base Aérea de Sintra, marca o fim de uma frota de aviões que, não tendo a visibilidade de outros aparelhos de caça ou transporte da Força Aérea Portuguesa, acabou por ser fundamental na formação, treino e manutenção das qualificações dos seus pilotos ao longo de quase 33 anos.

Esses pequenos aviões, 11 dos quais serão entregues ao Ministério da Defesa para posterior venda - "têm mercado", garantiu ao DN fonte oficial do ramo - e um fica no Museu do Ar, entraram ao serviço em Dezembro de 1974.

Portugal encomendou 40 desses bimotores para os teatros da guerra colonial em África, mas a revolução de 25 de Abril - e o regresso das tropas a Lisboa - levou à compra de apenas 32 FTB (a versão militar do Super Skymaster). A FAP armazenou logo oito dos aviões e distribuiu os restantes pelas bases de Tancos, São Jacinto, Ota e Sintra (desde 1990, quando 12 deles foram armazenados e depois oferecidos ou vendidos a aeroclubes e museus).

Os FTB voaram 91 300 horas ao serviço da FAP, em missões de instrução, treino operacional, formação de observadores aéreos para o Exército ou transporte táctico. A história regista um acidente aéreo em que morreram os dois pilotos.|

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