'Memórias do subdesenvolvimento' é o melhor filme iberoamericano da História
O segundo lugar da lista é ocupado pela produção hispano-mexicana "O labirinto do fauno" (2006), de Guillermo del Toro, situando-se no terceiro "Os esquecidos" (1950), do realizador espanhol Luis Buñuel.
São precisamente Buñuel, Gutiérrez Alea e o realizador espanhol Pedro Almodóvar - o único vivo dos três - os mais citados no inquérito, com cinco títulos cada um, seguidos pelo brasileiro Glauber Rocha, com três, indicaram os organizadores numa nota à imprensa.
Responderam ao inquérito mais de 500 pessoas, entre profissionais do cinema, críticos, jornalistas, organizadores de festivais e cinéfilos de todo o mundo, através de correio electrónico e por votação directa na página web www.NOTICINE.com.
Por países, Espanha - o de maior produção - é o que soma mais títulos, 23 no total, à frente doMéxico, com 17, e da Argentina, com 13.
No respeitante às décadas de produção das películas, são as de 1990 (31), 2000 (23) e 1960 (16) as mais citadas.
Para os participantes no inquérito, "Os esquecidos" é a melhor película de Buñuel, preferindo-a a "O anjo exterminador" (1962) - no sexto lugar - e a "Viridiana" (1961) - no vigésimo -, e a melhor de Almodóvar é "Tudo sobre a minha mãe" (1999), em quinto lugar, à frente de "Mulheres à beira de um ataque de nervos"(1998) - 16.º - e "Volver" (2006), no 41.º.
Inspirada no romance homónimo de Eça de Queirós, "O crime do padre Amaro" (2001), do mexicano Carlos Carrera, está na vigésima sétima posição.
A película mais antiga constante da lista é a mexicana "Nosotros los pobres", dirigida em 1947 por Ismael Rodríguez, e as mais recentes são a brasileira "Tropa de elite", de José Padilha, e a colombiana "La ministra inmoral", de Julio Luzardo, ambas de 2007.
No quarto lugar da lista está a brasileira "Cidade de Deus" (2002), de Fernando Meirelles, no sétimo a cubana "Morango e chocolate" (1994), de Tomás Gutiérrez Alea e Juan Carlos Tabío, e no oitavo a brasileira "Estação Central" (1998), de Walter Salles.
O nono e o décimo lugares correspondem à argentina "La historia oficial" (1985), de Luis Puenzo, e à brasileira "Dona Flor e os seus dois maridos" (1976), de Bruno Barreto.