'Assassino do xadrez' culpado de 48 crimes

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Alexander Pichushkin costumava convidar as suas vítimas para beber uma vodka em memória do seu cão morto. Ontem, o "assassino do xadrez" - como ficou conhecido na Rússia por assinalar cada assassínio num tabuleiro daquele jogo - foi considerado culpado de 48 crimes por um tribunal de Moscovo.

Ex-empregado de supermercado, Pichushkin sonhava ser o maior assassino em série da Rússia, ultrapassando as 52 vítimas de Andrei Chikatilo, condenado à morte em 1994. Dois anos depois, Moscovo estabeleceu uma moratória à pena de morte, recentemente prolongada até 2010. A acusação pediu prisão perpétua para Pichushkin. A sentença deverá ser conhecida na próxima semana.

A maior parte dos crimes de Pichushkin foram cometidos no parque Bittsa, na periferia sul de Moscovo. O "maníaco de Bittsa", como o apelidou a imprensa russa, convidava as vítimas, na maioria idosos, para beber um copo com ele porque tinha acabado de perder o cão. De seguida atirava-as aos esgotos ou espancava-as até à morte com um martelo. O objectivo de Pichushkin, de 33 anos, era preencher as 64 casas do tabuleiro de xadrez, no qual colocava uma moeda por cada vítima.

Pichushkin ouviu o veredicto de olhos baixos. Pouco antes, o acusado, que se encontrava atrás de uns vidros, recusara a hipótese de fazer uma alegação final, em nome "de todos os surdos mudos". No julgamento, o assassino garantiu ter matado 63 pessoas e afirmou: "O primeiro crime é como o primeiro amor, nunca se esquece."| com agências

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