"Putin perdeu a Ucrânia para sempre ao anexar a Crimeia"
Tymoshenko, que passou três anos na prisão devido a acusações que considerou motivadas politicamente, antes de ser libertada em fevereiro, apelou aos ucranianos para se prepararem para lutar na eventualidade de uma invasão russa.
"Putin perdeu a Urânia para sempre, depois de nos ter declarado guerra", disse a líder da designada Revolução Laranja, de 2004, durante a entrevista em que apareceu com as habituais tranças e na qual considerou que "Putin é o inimigo número um da Ucrânia, que se apoderou com armas".
"Temos de estar preparados para Putin atravessar a linha vermelha", acrescentou, dizendo que cerca de cem mil militares russos estão concentrados na fronteira com a Ucrânia.
As novas autoridades de Kiev já exprimiram o seu receio de que Moscovo pode invadir o leste ucraniano, onde se concentra uma população russófona, depois de ser ter apoderado da península da Crimeia.
Mas Tymoshenko insistiu que tal tentativa fracassaria, adiantando que Putin "não é o primeiro ditador a comportar-se de uma forma fascista" e que se arisca a ter o mesmo destino de outros "ditadores depostos".