"Portugal e EUA estão juntos para ajudar afegãos"

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"Peço aos líderes europeus para não retirarem do Afeganistão com base na ideia de que é uma guerra americana", disse ontem Alfred Hoffman. No último discurso como embaixador dos EUA em Lisboa, o antigo empresário e financiador das campanhas de George W. Bush à Casa Branca recordou as relações históricas que unem Portugal à América e garantiu: "Estamos a trabalhar juntos para ajudar o Afeganistão a emergir como democracia."

No final de um jantar organizado pelo Lisbon International Club num hotel da capital portuguesa, Hoffman analisou a situação afegã desde a guerra de 2001, que pôs fim ao regime talibã. Este era suspeito de abrigar Ussama ben Laden, o líder da Al-Qaeda era acusado por Washington de ser o mandatário dos atentados de 11 de Setembro, que fizeram quase três mil mortos nos EUA.

Segundo o embaixador, a economia afegã é hoje "três vezes mais forte" e as crianças "voltaram à escola". Apesar disso, Hoffman afirmou que os EUA precisam do apoio europeu na luta contra o terrorismo: "É preciso ultrapassar o Atlântico". Mas, "a menos que aumente a capacidade militar, a UE nunca terá uma política externa forte e continuará a depender da NATO para manter a paz".

Inquirido sobre a resposta dos EUA à ameaça nuclear iraniana, Hoffman - que tomou posse em Lisboa em 2005 - reflectiu as políticas da Casa Branca: a diplomacia é sempre a primeira opção, mas não afastou a hipótese de uma acção militar se Teerão não puser fim ao programa que Washington acredita estar a ser usado para desenvolver a bomba.

Quanto às presidenciais americanas, Hoffman não tem dúvidas que será um republicano a vencer em 2008. Sem dizer qual o seu candidato preferido, o embaixador admitiu: "O importante é derrotar [a democrata] Hillary Clinton". |

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