"Há muitas personagens vindas lá de casa"

Maurício de Sousa está a comemorar os 50 anos da Mônica e da sua turma. O desenhador veio ao nosso país lançar o livro 'Uma Viagem a Portugal', que mostras às crianças como palavras diferentes do português de Portugal e do Brasil referem as mesmas coisas.
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Como é que olha, em retrospetiva, para estes 50 anos de vida da Mônica e da sua turma?

As personagens, os desenhos, não mudaram muito. Claro que algumas coisas se alteraram, mas o ADN continua o mesmo, está inalterado. Houve foi a necessidade de nos adaptarmos a hábitos novos, a novas ideias, a novas tecnologias. Há que pensar mais rápido para acompanhar os gostos dos leitores e do público.

Que autores e personagens o influenciaram mais quando começou a desenhar?

Todo autor, quando começa a trabalhar, é uma amálgama, um caldo de todo o que viu e leu, e eu não fugi a esta realidade. Fui influenciado por personagens como a Luluzinha e o Bolinha, da Marge, ou o Lil"Abner - Ferdinando, no Brasil -, do Al Capp, por exemplo. E depois vamos criando o nosso próprio estilo. Mas a personagem que mais me influenciou, na narrativa, foi o Spirit, do Will Eisner, que eu sempre achei genial. Eu depois fiquei amigo do Eisner, e ele virou fã da Mônica, foi muito engraçado.

E também se baseou nos seus filhos e filhas para criar várias das personagens da Turma da Mônica.

Sim, a Mônica é minha filha. A Magali também. O Do Contra é meu filho. E vários outros. Eu tenho 10 filhos e por isso há muitas personagens que já vêm lá de casa (risos).

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