"Garrincha era um terror para qualquer defesa"

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"Era fantástico jogar ao lado de Garrincha. Era um futebolista que desarticulava qualquer defesa com as suas fintas. Garrincha era um driblador nato, o melhor ponta-direita que alguma vez vi jogar."

O brasileiro Mário Zagallo, entrevistado esta semana pelo DN sport, não poupa palavras de apreço ao "Anjo das Pernas Tortas", também apelidado de "Alegria do Povo".

Seleccionador do Brasil durante os Mundiais de 1970 (México), 1974 (Alemanha) e 1998 (França) - além de coordenador técnico da equipa canarinha que se sagrou campeã do mundo nos Estados Unidos (1994) -, Mário Zagallo, actualmente com 76 anos, recordou ao DN sport algumas brincadeiras de balneário que envolveram "Mané" Garrincha. "Ele teve muitos filhos [foi pai de 11 raparigas, de três rapazes e ainda adoptou uma menina], mais raparigas do que rapazes. Costumava perguntar-lhe às vezes, nos momentos de descontracção no balneário, se ele não sabia fazer homens!", contou, descontraído, Mário Zagallo, um antigo extremo-esquerdo que foi colega de Manoel dos Santos Garrincha no Botafogo e ainda no escrete brasileiro.

"Garrincha não tinha medo de ser marcado individualmente por ninguém. Era uma criança num corpo de adulto, um jogador que tinha as pernas tortas, mas cuja habilidade era inata. Era um garoto, uma pessoa simples e humilde, que antes de chegar ao Botafogo trabalhava numa fábrica. Não faltava aos treinos e só começou a beber quando abandonou a carreira de jogador", concluiu Mário Zagallo.

"Um terror"

Já Zito, pelo seu lado, um ex-médio da selecção brasileira, hoje com 75 anos, classificou Garrincha da seguinte forma: "Era um terror para qualquer defesa, um menino muito brincalhão com corpo de homem, uma referência do futebol brasileiro. Foi decisivo no Mundial de 1962, no Chile [ganho pelo Brasil]", afirmou Zito ao DN sport.|

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