Com os investimentos a crescer no Brasil e de olhos postos na Índia, o tema de deslocalização da fábrica de Portugal é inevitável. Mas Conceição Gomes garante que a intenção "não é substituir a unidade de Mindelo, que é fundamental para fornecer os mercados europeus"..A verdade, diz, é que não só não há espaço na unidade de Vila do Conde para a expandir como a produção em Portugal para abastecer o Brasil tinha problemas de competitividade face à moeda local, decorrentes da evolução da relação cambial euro/dólar. "E aumentámos muito as vendas no Brasil a partir do momento em que passámos a produzir lá. Os clientes querem ser fornecidos por um produtor local. Para termos grandes indústrias a depender de nós temos de produzir localmente", diz Conceição Gomes. .No entanto, garante que isso não põe em risco a fábrica em Portugal. Até porque o grupo está atento a eventuais unidades que possa adquirir na Europa de modo a poder crescer num mercado que já está maduro. "Quando pensamos em comprar outros não é tanto pela produção, nós temos capacidade para crescer; é pela carteira de clientes", diz. ."Estamos atentos a várias hipóteses de aquisições em outros países, mas ainda não apareceu nenhum alvo considerado apetecível", refere Conceição Gomes. Estas compras poderão passar por Espanha ou a Itália, "um mercado interessante onde a Probos tem ainda uma presença relativamente pequena", adianta a gestora..Este ano, a Probos abriu já um centro de distribuição na Alemanha, em Bad Oeynhausen, naquele que é o seu maior mercado consumidor, mas, também, onde estão instalados os seus maiores concorrentes. ."A Alemanha é o terceiro maior mercado a nível europeu, interessa-nos ter uma presença mais forte, achamos que devíamos ter lá um pé. Estamos agora a começar a expansão", explica Conceição Gomes.