"Extremamente natural" a ligação entre Igreja e música punk

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O músico e pastor Baptista Tiago Guillul afirmou à Lusa que "o Protestantismo continua a ser muito desconhecido", admitindo ainda como "extremamente natural" a sua ligação entre a Igreja e a música punk.


"Aqui há uns anos, a ideia era de que o número de baptistas [em Portugal] oscilava entre os cinco mil e os dez mil", sublinhou Tiago Guillul, que resume "uma ligação mais próxima do crente com a Bíblia" como premissa base da comunidade.


O músico, fundador da editora Flor Caveira, descreveu à Lusa a "identidade cristã" da música dos projectos da editora como "extremamente importante". Sobre a ligação entre a religião e a música, o autor do single "Beijas Como uma Freira" admite que pegou no lema "façam rock, mas façam-no com uma mensagem cristã".


A ligação de Tiago Guillul com a música punk nasce, na visão do próprio, "de uma primeira fase em que ouvia muito heavy-metal e acabei por chegar ao punk pela via da contestação, isto já depois dos Nirvana".


O pastor baptista editou já quatro álbuns de originais, sendo 2009 encarado como "um ano de descanso criativo e de tempo para deixar crescer outros artistas dentro da editora", sintetiza.


A Flor Caveira, que agrupa nomes como Samuel Úria, b fachada, Jorge Cruz e João Coração, é vista como "quem todos nós somos e o sítio de onde viemos", para além de ser descrita pelo músico como um "espaço ideológico". Entre as edições do colectivo previstas para os próximos tempos encontram-se novos discos de Samuel Úria e Diabo na Cruz, projecto de Jorge Cruz.


Tiago Guillul apresenta o seu último trabalho "IV" a 12 de Fevereiro no Mercado Negro, em Aveiro, e dois dias depois na Casa das Artes de Famalicão.

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