Sucessão João Aidos tomou ontem posse como director-geral das Artes (DGArtes), substituindo António Barreto Xavier, que se demitiu na semana passada. À hora que a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, agradecia a "disponibilidade" de Aidos "para aceitar o cargo num momento de contenção orçamental particularmente aguda", Barreto Xavier era ouvido no parlamento (ver texto ao lado). ."O País onde eu quero viver é onde a cultura não é o parente pobre que só se senta à mesa em dias especiais." Foi com estas palavras que João Aidos iniciou o seu discurso, na sessão de tomada de posse, que decorreu ontem no Palácio Nacional da Ajuda. . Entre os que marcaram presença na cerimónia estavam directores de estruturas culturais regionais e artistas, entre os quais Maria João Vicente e Mónica Calle da plataforma do teatro contra os cortes orçamentais anunciados para a cultura.. Aidos fez um discurso centrado na "importância estratégica da cultura" para o desenvolvimento do País e das populações". Assumiu que o facto de os cortes orçamentais não serem tão acentuados como o previsto lhe permite "iniciar funções com o pé direito". Aos jornalistas, o novo director da DGAartes afirmou que "até ao final do mês" deverão estar reunidas as condições para lançar os concursos que permitirão aos criadores e gestores planificarem as actividades. .A ministra Gabriela Canavilhas anunciou ainda que uma grande aposta do seu ministério será a "recuperação da rede de cineteatros" e a transparência e rigor dos procedimentos das estruturas".