"Não há aproximação com ninguém. O Banif é um projecto independente e vai continuar como projecto independente", afirmou ao DN o presidente não executivo do banco, quando confrontado com os rumores que apontam para o interesse do BES na sua instituição. Horário Roque confessa que o banco está confortável para continuar a crescer em termos nacionais. "Estamos hoje muito mais confortáveis do que estávamos há dez anos. E a minha pré--disposição para lutar por este projecto não se alterou em nada", disse à margem da conferência de imprensa, após a assembleia geral do banco. .O empresário deixa no entanto a porta aberta a aquisições que tragam valor acrescentado. "Nós estamos no mercado", afirmou, referindo-se à aquisição de um banco no Brasil, outro nos Açores, criou um banco de raiz (Banco de Investimento).Quanto à posição que o Banif tem no BPI, esclarece que não é um investimento estratégico, mas financeiro. "Veremos qual será o resultado da OPA [lançada pelo BCP ao BPI] e o seu desenvolvimento. Só depois iremos decidir se vendemos ou não a nossa participação", frisou. Sobre a possível fusão BCP/BPI, considera que a concretizar-se, esta será positiva para Banif. "O BCP já anunciou que iria encerrar 300 balcões. Isso deixará espaço para bancos que querem continuar a crescer organicamente, como é o nosso caso ", referiu. .Questionado sobre a "guerra" dos spreads à habitação dos cinco maiores bancos, Horário Roque não pretende entrar no conflito. "Muitas vezes essas taxas são enganadoras. Nós temos sido e somos transparentes. Podemos não apresentar a taxa mais barata nos jornais, mas os nossos clientes não são penalizados em relação aos clientes dos outros bancos", garantiu. .Uma das "boas notícias" saídas da assembleia foi, segundo Horácio Roque, o anúncio de que o grupo já ultrapassou os mil milhões de euros de capitalização bolsista (cada acção vale 25 euros cada). Das deliberações tomadas, para além, da distribuição de 20 milhões de euros em dividendos, realizou-se a eleição dos novos corpos sociais para o próximo triénio. O conselho de administração do Banif SGPS mantém-se sem alterações. Em relação ao Banif, Banco Internacional do Funchal, três dos executivos - Rui Amaral, Marques de Almeida e Artur Chambel - são substituídos por Eduardo Melo, Machado de Andrade (responsável pelo Banif na Madeira) e Machado dos Santos (do Banco Comercial dos Açores). C