Apple: o que se pode esperar dos resultados do 3º trimestre

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"Quando se olha para a Apple vê-se uma empresa cujas ações valorizaram 86% (EPS) durante os últimos sete anos e que, só este ano, valorizaram 71%", explica JBrian White, diretor da Topeka Capital

Markets ao Times, acrescentando: "Corre o risco de ser a empresa com maior lucro de sempre".

Esta terça-feira, a Apple divulga os resultados do 3º trimestre do ano fiscal. Os investidores e analistas acreditam que a empresa vai apresentar resultados mais elevados e que têm um peso preponderante nos resultados globais da Standard & Poor 500.

As empresas deste índice deverão revelar um aumento de 5,7% neste 2º trimestre do ano, face ao mesmo período do ano passado. Sem a Apple, o S&P 500 revela um crescimento de 4,8%, segundo contas da Thomson Reuters.

Daniel Morgan, da Synovus Trust Company, acredita que a empresa fundada por Jobs é o motor do lucro do setor tecnológico que, segundo dados da S&P 500 cresceu de 6,9% em abril para 8,7% na última sexta-feira.

Já o First Post considera que, pela primeira vez, as expetativas face aos resultados da Apple estão abaixo do habitual. A razão apresentada é simples: os consumidores estão à espera do novo iPhone. "A Apple já não é a empresa que surpreende sempre", diz Tim Lesko, analista da Granite Investment Advisors.

Apple e Facebook podem ser reflexo da economia mundialQuando a Apple Inc. anunciar esta terça-feira os resultados - com valores que se esperam positivos, independentemente da conjuntura económica atual - os investidores vão estar ansiosos por avaliar os números atuais, sobretudo para prever o futuro da empresa. Em contrapartida, os números do Facebook - que apresenta os resultados na próxima quinta-feira, 26 - continuam completamente em mistério, sem que os analistas possam antecipar os resultados depois da entrada em bolsa da empresa fundada por Zuckerberg em maio último, o que despertou uma maior atenção dos analistas.

As duas empresas são duas das que maior projeção têm na indústria tecnológica e captam a atenção da maioria das pessoas em vésperas do anúncio dos resultados: o que faz desta semana uma época importante, na medida em que os resultados serão expetavelmente positivos, ou seja, trarão boas notícias.

Se o Facebook superar as expetativas, haverá uma reação à destruição e tristeza que se gerou depois da entrada da empresa em bolsa. E, se a Apple revelar uma pequena quebra, sobretudo devida à queda das vendas na China, haverá um sentimento mais geral de que a China não é já um refúgio de crescimento como acontecia antes.

Na corrida à marca mais valiosa, ninguém consegue ultrapassar a Apple, de acordo com o ranking da Brand Finance das 500 marcas Globais mais valiosas. A Apple lidera o ranking com 70,6 mil milhões de dólares, saltando num ano da oitava para a primeira posição. Para trás ficou a Google, a marca mais valiosa em 2011, com 44,3 mil milhões de dólares.

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