APED pede revisão urgente de lista de medicamentos de venda livre

APED diz que os preços dos medicamentos de venda livre nos supermercados são 14% mais baixos do que nas farmácias
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A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) pede que o Infarmed e o Ministério da Saúde reveja "com urgência" a lista de medicamentos de venda livre, aumentando a oferta disponível nos espaços de saúde e bem-estar existentes nos hiper ou supermercados. O apelo surge no mesmo dia em que foram conhecidos os resultados de um estudo da Deco que refere que os medicamentos sem receita médica são vendidos 9% mais baratos do que nas farmácias.

"É imperativa a revisão desta lista para que o mercado dos medicamentos não sujeitos a receita médica se torne mais competitivo e traga ao consumidor uma maior diversidade de produtos a preços ainda mais acessíveis", defende Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, citado em nota de imprensa.

Desde 2006 que é permitida a venda de medicamentos sem receita médica nos espaços de saúde, mas de acordo com os dados da IQVIA, citados pela APED Portugal está na 24.ª posição entre os 28 Estados Membros da União Europeia com menor expressão deste tipo de medicamentos face ao mercado de prescrição. "Uma realidade que não se coaduna com a maturidade e experiência demonstrada pelo mercado português, nomeadamente pelo setor do retalho e distribuição, nesta área”, considera o director-geral da APED.

O preço dos medicamentos sem receita médica vendidos nos espaços de saúde da distribuição foi 14,7% mais baixo do que os apresentados pelas farmácias, segundo os dados da APED relativos ao primeiro trimestre de 2018, referentes ao top 5 de vendas em unidades deste tipo de medicamento.

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