ADSE corrigiu tabelas para dar mais 14 milhões a privados
A ADSE fez uma revisão da nova tabela de preços aos privados que implica uma despesa de mais 14 milhões de euros por ano a pagar pelo instituto público, segundo o vogal Eugénio Rosa, avança na edição desta terça-feira o Jornal de Negócios.
As novas tabelas do regime convencionado que definem o preço a pagar tanto pela ADSE como pelos beneficiários aos prestadores de saúde com acordo devem entrar em vigor a 1 de setembro.
"Para se poder ficar com uma ideia da dimensão das correções feitas, em que a preocupação de nunca reduzir os honorários dos médicos foi constante pois é o fator mais importante em qualquer cirurgia, interessa referir que a subida de preços que se teve de fazer determinou para a ADSE um aumento de encargos estimado em 14 milhões de euros por ano", diz um estudo de Eugénio Rosa.
No mesmo documento, o vogal acusa alguns grupos privados de quererem reduzir os honorários aos médicos para compensar o que vão receber a menos pelas cirurgias.
"Apesar de a ADSE ter incluído nos cálculos dos preços máximos que fixou na nova tabela para as cirurgias a totalidade dos honorários pagos atualmente aos médicos pelos mesmos atos, fomos informados de que um grande prestador, com a justificação de que a ADSE fixou preços máximos, estava a tentar impor aos médicos uma redução drástica nos honorários que pagava para assim poder manter as margens de lucro que tinha", diz.