Adeus moedas. EMEL melhora app que paga parquímetro no telemóvel
A Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) renovou o epark, a aplicação para smartphones que permite pagar os parquímetros através do telemóvel e que havia lançado em modo de teste há cerca de ano e meio.
Uma das alterações é a possibilidade de se fazer tudo através da própria aplicação sem ter de ir ao site como antes, como por exemplo o pedido de recuperação da palavra-passe ou o envio de faturas por e-mail.
Mas a principal melhoria é a georreferenciação, ou seja, assim que se estaciona o carro a aplicação diz em que rua está e qual a cor da zona, ou seja, quanto é que tem de pagar, uma vez que há três zonas diferentes com preços diferentes. Quer isto dizer que, depois de estacionar, basta escolher o tempo e pagar.
O resto mantém-se: o pagamento é realizado através de carregamentos mínimos de 10 euros que podem ser feitos no multibanco como se fosse um carregamento de um telemóvel, por exemplo. E continua-se a receber alertas dez minutos antes do tempo acabar e basta premir o botão “prolongar” para pagar mais tempo, ou seja, como se se estivesse a meter mais moedas.
Além disso, através da aplicação “paga ao segundo o tempo que está estacionado, porque pode desligar-se o parquímetro quando se quer”, comentou o presidente da EMEL, Natal Marques. Uma funcionalidade que pode permitir algumas poupanças porque já não se corre o risco de colocar moedas a mais para o tempo que se está estacionado.
A aplicação permite ainda que, se o dinheiro que se tem carregado acabar a meio do estacionamento, não multar logo, mas sim cobrar esse montante na próxima utilização, depois de o utilizador fazer o carregamento, adianta ainda o administrador da EMEL, João Dias.
De acordo com Natal Marques esta aplicação, que terá custado cerca de 100 mil euros a desenvolver, irá permitir passar menos multas e aumentar os pagamentos, “que é o queremos porque as multas são mais trabalhosas e é dinheiro que não se recebe logo”. Ou seja, vai permitir aumentar as receitas da EMEL que, em 2015, deverão ter rondado os 30 milhões de euros, disse ainda o presidente da empresa.
Neste momento são já 100 mil os utilizadores “e sem publicidade nenhuma”, comentou, acrescentado que “a partir de agora é que esperamos um aumento do número utilizadores que, no limite, pode ir até aos 350 mil utentes que entram em Lisboa todos os dias”.