Bombeiros numa pausa nas operações de socorro em Kiev.
Bombeiros numa pausa nas operações de socorro em Kiev.EPA/SERGEY DOLZHENKO

NATO e Reino Unido prometem fortalecer defesa aérea ucraniana

Rússia castiga Ucrânia com segundo ataque maciço em três dias. Kiev diz ter abatido a totalidade de mísseis hipersónicos, mas precisa de mais munições.
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Cerca de 500 drones e mísseis foram lançados contra a Ucrânia em cinco dias, e Kiev foi alvo do maior ataque de mísseis desde o início da invasão. À intensificação da destruição das áreas civis e do custo humano, a NATO e o Reino Unido comprometeram-se a fortalecer a defesa aérea do país e a UE, pela voz do presidente do Conselho, disse que o mais recente ataque demonstra que a Rússia não está interessada na paz.

Um dia depois de Vladimir Putin ter dito que a Rússia iria intensificar os ataques à Ucrânia, as autoridades militares dizem ter abatido a totalidade de drones de guerra, 35, que se encaminhava para os alvos, e contabilizaram 99 mísseis lançados do ar, mar e terra pelas forças russas, dos quais 72 foram intercetados pelas defesas aéreas. Os mísseis que passaram as defesas e os destroços dos restantes causaram cinco mortos e 130 feridos.

A capital foi o principal alvo e, segundo o comandante-em-chefe ucraniano Valerii Zaluzhny, as consequências não foram mais graves porque os sistemas de defesa Patriot derrubaram a totalidade dos dez mísseis hipersónicos Kinzhal.

Zaluzhny agradeceu aos parceiros internacionais, mas reforçou a ideia de que a Ucrânia precisa de mais sistemas de defesa aérea. “Não há razão para acreditar que o inimigo vai ficar por aqui. Por isso, precisamos de mais sistemas e munições para eles”, disse.

Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, mísseis Iskander atingiram 55 edifícios residenciais e administrativos, tendo matado uma pessoa e ferido mais de 60, 27 das quais em estado grave.

A NATO condenou “veementemente” os ataques russos, “mais uma demonstração da tentativa de Putin de quebrar a determinação da Ucrânia”. Segundo um responsável da aliança militar à agência ucraniana Ukrinform, “os aliados da NATO já forneceram uma vasta gama de sistemas de defesa aérea à Ucrânia e estão empenhados em reforçar ainda mais as defesas da Ucrânia”.

Em conversa telefónica com o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, o presidente Volodymyr Zelensky recebeu garantias de que o Reino Unido irá “continuar a apoiar fortemente” a Ucrânia. Segundo um comunicado de Downing Street, Sunak “sublinhou os esforços feitos pelo Reino Unido para fornecer apoio militar e diplomático à Ucrânia, em particular através de novas entregas” de armas.

Isto, no mesmo dia em que a presidência turca confirmou que os dois draga-minas oferecidos por Londres a Kiev não poderão passar pelos estreitos controlados por Ancara, uma vez que navios militares de países em guerra estão proibidos de passar pelos estreitos de Dardanelos e do Bósforo, em cumprimento da Convenção de Montreux.

Os ataques russos foram ainda condenados pelos chefes da diplomacia da Alemanha, França, EUA e Reino Unido em declarações separadas.

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