O presidente do PSD, Luís Montenegro, reúne-se esta quinta.feira à noite com os seus parceiros políticos para confirmar a Aliança Democrática.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, reúne-se esta quinta.feira à noite com os seus parceiros políticos para confirmar a Aliança Democrática.Gerardo Santos / Global Imagens

PPM junta-se à AD. Ataques prévios foram “provocação”

Gonçalo da Câmara Pereira recuou com a queixa contra a coligação entre PSD e CDS e garante que o partido vai influenciar o programa conjunto.
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O PPM, à semelhança do que aconteceu em 1979, vai integrar a Aliança Democrática (AD), a coligação que PSD e CDS vão levar às eleições legislativas de 10 de março. Ao DN, o líder do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, garantiu que o partido vai influenciar o programa conjunto dos três partidos no que diz respeito a “cultura popular” e “desenvolvimento sustentável”. Sobre críticas anteriores a esta nova AD, Gonçalo da Câmara Pereira diz que o fez por “provocação”.


De acordo com o noticiado ontem pelo jornal Público, o PPM não estará bem posicionado nas listas para poder eleger deputados, mas isso não impediu o partido de reverter a intenção de apresentar uma queixa no Tribunal Constitucional contra PSD e CDS por se terem apropriado do nome da coligação que, em 1979, o líder social-democrata de então, Francisco Sá Carneiro, fez com o PPM. “A AD inicial em 1979 foi feita com o doutor Sá Carneiro e com o Gonçalo Ribeiro Telles [o líder do PPM à data]. Depois, mais tarde, é que integrou o CDS. Isto é que era a AD, e o PPM transformou-se numa cola entre os dois partidos”, lembrou Gonçalo da Câmara Pereira.


Antes de integrar novamente esta aliança, o líder do PPM, em declarações ao Público, classificou os dirigentes sociais-democratas e centristas como “líderes fracos” e sem “visão do que se está a passar no país”. “Foi uma provocação, é evidente. Quem me conhece sabe que eu sou um bricalhão por natureza, e foi uma provocação para o líder [do PSD, Luís Montenegro]. Agora, o que não tem dúvida nenhuma é que nós somos conscientes e sabemos que Portugal neste momento precisa se encontrar e ter líderes fortes. A gente também só se alia a líderes fortes. Se eu me aliei é porque eu sei que eles são fortes”, afirma o líder monárquico, contrariando crítivas anteriores. Para justificar esta mudança de perspetiva, Gonçalo da Câmara Pereira sublinhou a importância de retirar Portugal “do abismo” provocado por “anos de governação socialista”.


PSD e CDS vão reunir as fileiras de cada um dos partidos, em separado, à mesma hora, esta quinta-feira à noite, para aprovar esta coligação pré-eleitoral, ainda sem definir conteúdos programáticos.

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