As forças israelitas dizem ter atacado dois dirigentes do Hamas em operações distintas, desconhecendo-se se um deles sobreviveu. O que se sabe é que nos bombardeamentos de Israel um pouco por toda a Faixa de Gaza, a crer nos números das autoridades de saúde, há mais de cem mortos a lamentar nas últimas horas. .Numa semana marcada por declarações incendiárias entre Telavive e o movimento libanês Hezbollah, patrocinado pelo Irão, as forças israelitas disseram ter morto um dos principais operacionais do movimento islamista Hamas no Líbano, Ayman Ghatma. Em resultado de um ataque realizado por um drone a um veículo que seguia junto da cidade de Khiara, cerca de 40 quilómetros a norte da fronteira entre o Líbano e Israel, Ghatma foi morto. O exército israelita afirma que este era o responsável no Líbano pelo fornecimento de armas ao Hamas, bem como ao grupo terrorista egípcio al-Jamaa al-Islamiya. .Israel disse em março que Raad Saad, chefe das operações do hamas em Gaza, tinha sido detido junto de outros 357 terroristas no Hospital al-Shifa. Agora alguns meios de comunicação da região afirmaram que este foi o alvo de um bombardeamento em Shifa, na cidade de Gaza, embora não tenham confirmado a sua morte. As forças israelitas não têm por hábito anunciar ataques específicos, exceto se deste resultar algo excecional. As forças armadas israelitas dizem que caças atingiram duas instalações militares do Hamas na cidade de Gaza, em Shati e no bairro de Tuffah, reservando informações adicionais para mais tarde, mas identificou os alvos como “locais de infraestruturas militares do Hamas”..Segundo as autoridades de Saúde do governo do Hamas, 42 pessoas morreram nesses bombardeamentos, num total de 101 mortos nas últimas 24 horas..Israel queixa-se da mediação.No campo das negociações, uma fonte diplomática israelita disse ao Canal 12 que os mediadores do Qatar e do Egito não têm capacidade de influência suficiente sobre o chefe do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, para o persuadir a aceitar a proposta de cessar-fogo em cima da mesa. Disse também que “se o Hamas fizer a sua parte, Israel vai parar a guerra na altura prevista no acordo, juntamente com a libertação de todos os reféns”. A União Europeia apelou para uma investigação imediata do ataque que ocorreu na sexta-feira junto das instalações da Cruz Vermelha em Gaza. O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, condenou o ataque que causou a morte de 25 pessoas e ferimentos noutras 50. A ministra dos Negócios Estrangeiros da Bélgica, Hadja Lahbib, juntou a sua voz e voltou a pedir o fim das hostilidades. Cuba anunciou que irá juntar-se a África do Sul no caso de genocídio contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça. Além de Havana, o tribunal com sede em Haia recebeu requerimentos por parte de Espanha, Líbia, México, Colômbia, Nicarágua e a própria Palestina. Outros países anunciaram essa intenção mas ainda não formalizaram o pedido: Bélgica, Irlanda, Maldivas, Turquia, Egito e Chile..cesar.avo@dn.pt