FBI investiga círculo próximo do presidente da Câmara de Nova Iorque
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FBI investiga círculo próximo do presidente da Câmara de Nova Iorque

Agentes federais realizaram buscas domiciliárias e apreenderam telemóveis a vários membros próximos da administração de Eric Adams. Autarca já é alvo de uma investigação por suspeitas de corrupção, pelo que se trata de mais um problema do foro criminal que afeta a imagem pública do mayor.
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A vida do democrata Eric Adams à frente da Câmara de Nova Iorque está cada vez mais complicada. Alvo de uma investigação por suspeitas de corrupção, o autarca viu agora membros próximos da sua administração a serem alvo dos agentes federais. 

O FBI realizou buscas domiciliárias e apreendeu os telemóveis do comissário da polícia de Nova Iorque, da primeira vice-presidente da Câmara, Sheena Wright, do responsável pelas escolas do município, David C. Banks, segundo avançou o The New York Times, que cita fontes familiarizadas com o processo.

O jornal refere que as diligências não estão diretamente relacionadas com a investigação por suspeitas de corrupção que visam Adams, na qual o autarca terá recebido donativos ilegais provenientes da Turquia para financiar a sua campanha eleitoral de 2021. Adams nega qualquer irregularidade.

Segundo as fontes ouvidas pelo jornal, a investigação levada a cabo esta semana está centrada "nos altos funcionários da Câmara Municipal e uma outra no comissário da polícia", sendo que Eric Adams foi capitão da polícia, tendo estado mais de duas décadas ao serviço das forças de segurança.  

Revelaram ainda fontes ao jornal que, além do comissário da polícia, Edward A. Caban, outros funcionários do departamento, incluindo o chefe de gabinete de Caban e dois comandantes da esquadra de Queens viram os seus telemóveis apreendidos por agentes federais.

“Iremos cooperar com o gabinete do Procurador-Geral dos EUA", disse apenas Tarik Sheppard, porta-voz do Departamento de Polícia, não tendo confirmado que o telemóvel do comissário da polícia tinha sido apreendido. 

Diz a mesma publicação que os agentes federais também têm na mira o vice-presidente da câmara para a segurança pública, Philip Banks III, e um conselheiro sénior do presidente da câmara, Timothy Pearson.

"Vários dos funcionários viram os seus telefones apreendidos", refere o jornal, indicando que as comunicações dos visados também foram alvo das investigações. 

Na sequência das diligências das autoridades, nenhuma das pessoas investigadas foi acusada de qualquer crime. 

Questionado pela Fox 5 New York sobre estas investigações, Eric Adams afirmou:. “O meu trabalho é garantir que estou a lutar em nome dos nova-iorquinos, e é exatamente isso que estou a fazer.” 

Em comunicado, a Câmara Municipal de Nova Iorque fez saber que os investigadores não indicaram que o autarca ou a sua equipa eram “alvos de qualquer investigação”.

“Como antigo membro das forças da ordem, o Presidente da Câmara deixou repetidamente claro que todos os membros da equipa têm de cumprir a lei”, disse Lisa Zornberg, da autarquia.

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