Filhos de pai incógnito quase duplicaram num ano
Desde 1977 que a lei portuguesa proíbe o registo de crianças com pai incógnito, mas o número de casos destes tem vindo a aumentar de ano para ano desde 1013 e quase duplicou de 2015 para 2016, avança hoje o Jornal de Notícias, que cita dados do Ministério da Justiça.
Em 2016 foram registas 837 crianças filhas de pai incógnito, quase o dobro das 484 de 2015. Valores que já representam aumentos relativamente aos anos anteriores. Em 2013 haviam sido 358; em 2014 tinham sido 390.
Em todos estes casos, visto a prática ser proibida por lei, o Ministério Público é obrigado a intervir e a desencadear um processo de averiguação oficiosa da paternidade.
De acordo com o JN, o registo com pai incógnito acontece por variadas razões, como por opção da mãe, por recusa do pai em assumir a paternidade ou ainda por casais de mulheres que recorrem a técnicas de procriação medicamente assistida no estrangeiro.